Deputado federal participou do
programa ‘Direto ao Ponto’ desta segunda-feira, 6, e falou sobre as punições de
Moraes e prisão por ataques às instituições
Falando publicamente pela
primeira vez após as punições do ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal – STF,
o deputado federal Daniel
Silveira (PTB-RJ) participou do programa Direto ao Ponto,
da Jovem Pan, e falou sobre o início de sua prisão e condenação
pelos ataques às instituições. Durante a entrevista, Silveira disse que não se
arrepende do vídeo que deu início à investigação. “Acho que exagerei no tom,
não nas falas. Foi um momento único e passional. Dizem que ‘há você exagerou,
toma dez anos’, mas o ministro relator, quando fez os cálculos da pena, ele
disse ‘em respeito ao sistema trifásico, esse cálculo não é matemático é
filosófico’. Eu pensei que seria 30 anos no mínimo, aí o ministro Barroso disse
que ‘daria mais’, e o que é isso? Não se faz mais as contas das penas?”,
declarou. O deputado ainda comentou que a resposta de Moraes foi exagerada.
“Acho que o Alexandre de Moraes se sentiu insultado porque foi a vítima, o
investigador e o julgador, isso até dá nulidade do processo. Mas ele deveria ir
no seu advogado e falar que queria abrir um processo contra mim, por injúria,
isso deveria ter sido feito”, completou.
“Foi um vídeo de 19 minutos e
quando eu uso uma fala muito usada no Sul, que é ‘surra de gato morto até
miar’, isso não vai acontecer porque um gato morto não vai miar. Isso é uma
figura de linguagem, disseram ‘isso é uma ameaça a democracia’, essa narrativa
é ridícula, foi utilizada de forma tão vil pela imprensa e chega até a
emburrecer a sociedade que pensa que é um crime. Quem não conhece direito vai
pensar ‘nossa, xingar ministro é crime inafiançável, vou ficar quieto’ isso é
uma mordaça, usa o medo como adulto social e as pessoas aceitam”, disparou.
Silveira também falou sobre a nova punição do STF, relacionado ao bloqueio das
contas de sua mulher Paola. “Está na lei, a pena não passará da pessoa do
condenado. O art. 107 da Constituição prevê
que graças a anistia e indulto, ela vai extinguir a punibilidade e basta a
publicação para que o Judiciário tome a decisão. Ela não é ré em nenhum
inquérito, e ele [Moraes] acaba a atacando dessa maneira. Juridicamente não
deveria ocorrer em hipótese alguma. Ela passou o cartão de débito, com dinheiro
em conta, e não passou. Quando foi ver tinha bloqueio judicial. Nem eu, nem ela
sabemos o que fazer até agora”, desabafou.
Placa quebrada de Marielle Franco
Daniel Silveira ganhou
notoriedade em 2018 ao aparecer em um vídeo ao lado do, então candidato a
deputado, Rodrigo
Amorim, com uma placa de rua em nome de Marielle Franco quebrada.
Silveira comentou sobre o caso. “Não fui eu que quebrei a placa. Colocaram
na Praça Marechal. O vídeo original foi retirado, mas eu chego na praça, retiro
ela inteira e digo que isso não pode acontecer [instalar sem autorização], ‘não
é assim que vocês vão ganhar espaço’. Duas semanas depois, numa manifestação,
no calor do momento outra pessoa quebrou a placa e eu falei ‘rapaz, porque você
quebrou a placa, vai inflamar'”, disse entre risos.
Por Jovem Pan
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