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Fundação
Leão XIII faz censo sobre moradores de rua
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Objetivo é
ter um retrato real desta população para estabelecer políticas públicas
eficazes. Fundação Leão XIII faz levantamento de dados e vai ajudar na emissão
de documentos.
Equipes da
Fundação Leão XIII começaram, nesta quarta-feira (20), o trabalho de abordagem
de pessoas que vivem em situação de rua no Rio de Janeiro para dar início ao
levantamento dessa população. O objetivo do censo é traçar o
perfil dessas pessoas e também fazer a emissão do documento delas.
David Barbosa
dos Santos Frazão tem 30 anos. Mas, para o estado, ele sequer existe. Ele nunca
teve um documento de identificação.
“Problema de
família, é assim mesmo. Tenho 18 anos de rua, Estou na rua desde pequeno.
Antigamente vendia bala para minha falecida mãe, vendia doce, fugia dela, dava
trabalho pra ela. Hoje em dia quero ela do meu lado e não tenho”, desabafa
David.
O levantamento
mais recente da Defensoria Pública do estado apontou que pelo menos 15 mil
pessoas estão em situação de rua no Rio. Muitos perderam ou nunca tiraram
documentos de identificação.
“Idade,
profissão, escolaridade, o tempo de rua, se tem eventualmente alguma doença,
alguma doença mental, se essas pessoas fazem uso abusivo de álcool e drogas,
tudo isso o Censo vai ajudar a revelar. E a partir dessa de revelação nos dará
um diagnóstico mais preciso que a gente vai conseguir identificar quais são as
políticas de saúde para essa parcela da população, quais são as políticas de
cultura, política de assistência social, as políticas de inclusão. Porque a
política pública não pode ser construída por achismo”, explicou Allan Borges,
presidente da Fundação Leão XIII.
Foi conversando
com os censitários que o Wanderson vai conseguir voltar para casa. Ele é
casado, mora em São Paulo e veio visitar a avó que está doente no Rio. Por
causa de problemas com a família, ele está na rua há um mês.
“Estou passando
muito perrengue aqui. Está chovendo muito eu perdi tudo. E aqui é muita briga,
muita agressão, bebem muita cachaça, é essa vida que estou vivendo há um mês”,
contou Wanderson.
A Fundação Leão
XIII disse que vai conseguir uma passagem para o Wanderson voltar para São
Paulo.
Por Nathália Castro, RJ1

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