© REUTERS Um
aborígine de Sentinela do Norte lança flechas
contra um helicóptero da Guarda Costeira da
Índia, em uma
imagem de
arquivo de 2004.
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Um cidadão
americano que fazia turismo no arquipélago indiano de Andamão e Nicobar foi
morto na sexta-feira por um grupo de aborígenes de Sentinela do Norte,
território que pertence a esse grupo de ilhas no Oceano Índico, perto de Myanmar (antiga
Birmânia). Os nativos, que vivem isolados do mundo exterior, atacaram o
americano quando este se aproximou deles.
Sentinela do
Norte, ilha que a Índia proíbe de ser visitada, fica a 50 quilômetros de Port
Blair, a capital do arquipélago. O turista americano, identificado como John
Allen Chau, foi morto depois de ter sido levado ilegalmente por pescadores até
as proximidades de suas praias. O último trecho de mar até a areia foi feito
por Chau em uma canoa. Membros da tribo que vive nesse território, o último
pré-neolítico do mundo, viram o homem chegando e o mataram, presumivelmente, a
flechadas.
Uma fonte
policial disse que os pescadores, agora detidos, viram o cadáver no dia
seguinte, embora não tenham podido resgatá-lo. Não é a primeira vez que
acontece algo assim. Em 2006, dois pescadores cujo barco naufragou perto da
ilha foram mortos e seus corpos nunca foram recuperados.
A polícia
investiga por que o homem se aventurou em uma viagem tão perigosa. Uma fonte
policial afirmou que Chau era um pregador que já havia visitado em outras
ocasiões o arquipélago de Andamão e Nicobar, e aparentemente tinha uma grande
vontade de se encontrar com os habitantes de Sentinela do Norte para rezar com
eles. Alguns veículos de comunicação locais, como o jornal Andaman
Sheekha, reforçam essa versão e detalham que Chau teria viajado cinco vezes
ao arquipélago antes de navegar até Sentinela do Norte com a intenção de “levar
o cristianismo”
à ilha. A família do pregador ainda não fez declarações.
A organização
Survival International, que defende os direitos das tribos aborígenes do mundo,
lamentou a morte de Chau e criticou a Índia por não proteger adequadamente a
ilha, “para a segurança tanto da tribo como dos estranhos”.
El
País,Reuters
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