Deputados
presos na Lava Jato do Rio
Foto:
Reprodução/TV Globo
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Há um ano,
77% dos membros da comissão votaram pela liberdade de Picciani, Albertassi e
Paulo Melo; decisão foi derrubada pela Justiça. Agora, 10 deputados podem
perder mandatos.
O Conselho de
Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se reúne nesta
sexta-feira (23) para discutir o pedido de cassação de dez deputados estaduais
presos pela Lava Jato. São eles:
- Jorge Picciani (MDB)
- Paulo Melo (MDB)
- Edson Albertassi (MDB)
- André Correa (DEM)
- Chiquinho da Mangueira (PSC)
- Coronel Jairo (Solidariedade)
- Luiz Martins (PDT)
- Marcelo Simão (PP)
- Marcos Abrahão (Avante)
- Marcus Vinícius (PTB)
Essa pode ser a
primeira reunião para debater o tema, um ano após a prisão dos primeiros
parlamentares na Operação
Cadeia Velha, no fim do ano passado. Nela, foram presos Jorge Picciani,
Paulo Melo e Edson Albertassi. Na Furna
da Onça, no início de novembro deste ano, foram presos outros sete
parlamentares.
O Conselho de
Ética é composto por cinco membros titulares e três suplentes, além do
presidente. Dos nove, sete — ou 77% — votaram pela
soltura de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi em
novembro do ano passado numa sessão que foi derrubada
pela Justiça.
André Lazaroni
(MDB), o presidente do Conselho, não só votou pela soltura como também
defendeu ao
microfone que seus correligionários fossem colocados em liberdade.
Na ocasião, ele citou o dramaturgo Bertolt Brecht e se confundiu ao dizer
"Bertoldo Brecha".
Conselho de
Ética da Alerj discute cassação de deputados
presos —
Foto: Infográfico: Rodrigo Cunha/G1
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Naquela sessão,
a Alerj determinou que o trio fosse colocado em liberdade, mas a Justiça
Federal derrubou
a decisão. Os desembargadores entenderam que a Casa não tinha o poder
de revogar as prisões, e os emedebistas voltaram a ser presos.
Membros
efetivos do Conselho de Ética e como votaram:
- André Lazaroni (MDB) - soltura
- Osorio (PSDB) - prisão
- Comte Bittencourt (PPS) - licenciado
- Iranildo Campos (Solidariedade) - soltura
- Rosenverg Reis (MDB) - soltura
- Marcos Muller (PHS). - soltura
Membros
suplentes do Conselho de Ética e como votaram:
- Dica (PR) - soltura
- Dionísio Lins (PP) - soltura
- Nivaldo Mulim (PR).- soltura
Somente os
membros titulares têm poder de voto, a menos que algum deputado falte. Neste
caso, algum dos suplentes assume. Dentre os titulares, a maioria também
votou pela
soltura do trio do MDB preso na Operação Cadeia Velha. Dos
titulares, Osorio foi o único que votou contra, enquanto Comte Bittencourt
estava licenciado. À época, ele informou ao G1 que teria
votado pela prisão.
Reuniões
anteriores foram derrubadas
Outras duas
reuniões do Conselho de Ética chegaram a ser marcadas, mas nenhuma delas
ocorreu: uma caiu por falta
de quórum e outra porque o presidente do Conselho de Ética, André
Lazaroni (MDB), indicou um "vício
formal" no pedido protocolado pelo PSOL.
A reunião desta
sexta-feira foi, inicialmente, marcada para quinta-feira e depois
foi adiada. Antes disso, quando a convocação foi publicada no Diário
Oficial, dois dos deputados presos na Operação Furna
da Onça, desdobramento da Cadeia Velha, acabaram sendo chamados.
Coronel
Jairo (Solidariedade) e Luiz Martins (PDT), que são membros suplentes
do Conselho, tiveram os nomes publicados por engano.
De acordo com o
edital de convocação, serão discutidos os dois pedidos de cassação. O primeiro
deles citava somente os três deputados do MDB presos na Cadeia Velha. O segundo
estendeu a investigação aos outros sete presos na Furna da Onça.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
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