'Acho que metade não volta', diz Mourão sobre cubanos no Mais Médicos | Rio das Ostras Jornal

'Acho que metade não volta', diz Mourão sobre cubanos no Mais Médicos

O general Hamilton Mourão durante entrevista na segunda-feira
(19) no CCBB, em Brasília — Foto: Guilherme Mazui/G1

Vice-presidente eleito acredita que parte dos médicos cubanos desejará permanecer no Brasil, por que gosta do 'nosso estilo de vida'. Cuba anunciou na semana passada a saída do programa.
O vice-presidente eleito general Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (19) que acredita que "metade" dos cubanos que participam do programa Mais Médicos não voltará para seu país de origem.
O general da reserva do Exército comentou a saída de Cuba do programa durante entrevista em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição.
O governo do país caribenho citou "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença de cubanos no Brasil.
Segundo Bolsonaro, Cuba não concordou com as exigências feitas por ele para manter os profissionais no programa.
Com a saída dos profissionais cubanos do Mais Médicos, cerca de 600 municípios brasileiros podem ficar sem nenhum médico da rede pública a partir do dia 25 de dezembro, segundo o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Na última sexta-feira (16), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disse que vai propor a Jair Bolsonaro chamar médicos formados usando recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para substituir os cubanos.
O Ministério da Saúde vai divulgar ainda nesta segunda-feira (19) um edital para convocar médicos que queiram ocupar as vagas a serem deixadas pelos profissionais cubanos.
Questionado sobre a solução para repor a saída dos profissionais cubanos, o vice de Jair Bolsonaro afirmou que a logística para saída dos estrangeiros do país é "complicada". Segundo ele, parte dos profissionais deseja permanecer no Brasil.
"Posso até ser leviano aqui, mas eu acho que metade não volta [para Cuba] ... Acho que eles gostam do nosso estilo de vida", disse.
Mourão lembrou que Bolsonaro declarou o desejo de conceder asilo aos cubanos que formalizarem o pedido.
O vice-presidente também foi indagado sobre a eventual presença de cubanos "infiltrados" no Mais Médicos. De acordo com ele, "isso fica na linha do possível".
Petrobras
Mourão elogiou a escolha de Roberto Castello Branco para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro. A indicação, feita pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, foi oficializada nesta segunda.
Ao destacar a escolha, Mourão errou o nome do próximo presidente da estatal. Ele confundiu Roberto com Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas.
"Acho um nome extremamente competente, o Gil Castello Branco, excelente. E vai manter essa gestão de recuperação que a empresa está passando", disse Mourão.
Sobre uma eventual privatização da Petrobras, Mourão disse que é "pode ser" negociado um modelo que trata de distribuição e refino.
"Temos falado que núcleo duro da Petrobras, que é a prospecção, que é onde está a inteligência, o conhecimento, isso não vai ser privatizado. Agora, podemos negociar distribuição, refino, isso é algo que pode ser negociado", declarou.
Atribuições da Casa Civil
O general afirmou que há está em análise pelo futuro governo a possibilidade de passar para a Vice-Presidência atribuições que atualmente ficam com a Casa Civil.
No modelo em estudo, a estrutura do Palácio do Planalto terá três e não quatro ministérios. A Casa Civil absorveria o trabalho da Secretaria de Governo – responsável pela articulação com o Congresso Nacional. O Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria-Geral da Presidência seriam mantidos.
Segundo Mourão, o novo modelo deixaria a Casa Civil com atribuições "bem amplas", o que justificaria dividir as tarefas com a Vice-Presidência.
"É um estudo, uma vez que as atribuições do ministro Onyx são bem grandes, bem amplas. Se houver a concordância de todos, a gente pode organizar isso de uma forma que seja mais eficiente e eficaz para o governo", afirmou.
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília

Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!