© Foto:
Manuel Pedoussaut / ESA / EFE
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BERLIM - Os
últimos preparativos para o lançamento de uma missão conjunta de agências espaciais europeias e japonesas para enviar duas
sondas a Mercúrio, o
planeta mais próximo do Sol,
estão sendo realizados nesta sexta-feira.
Um foguete modelo Ariane 5 está
programado para colocar a nave BepiColombo em
órbita ainda nesta tarde, partindo da Guiana Francesa. Depois disso, ela iniciará sua jornada de sete
anos até o planeta mais misterioso do Sistema Solar.
A Agência
Espacial Europeia disse que a missão da BepiColombo, avaliada em cerca de US$
1,5 bilhão, é uma das mais desafiadoras da História. As temperaturas extremas
de Mercúrio, a intensa atração
gravitacional do Sol e a radiação solar contribuem para condições infernais.
A espaçonave
terá de seguir um caminho elíptico que envolve um sobrevoo da Terra, dois de Vênus e seis do próprio Mercúrio,
de modo que ela possa desacelerar o suficiente antes de chegar ao seu destino
em dezembro de 2025.
Os propulsores de íons elétricos
recentemente desenvolvidos ajudarão a empurrar a espaçonave, que recebeu o nome
em homenagem ao cientista italiano Giuseppe “Bepi” Colombo, para a órbita
certa.
Quando chegar,
a BepiColombo lançará duas sondas - Bepi e Mio - que investigarão de maneira
independente a superfície e o campo
magnético de Mercúrio. Elas estão equipadas com isolamento especial
para lidar com as variações de
temperatura - de 430ºC no lado de frente para o Sol e de -180ºC na
sombra do planeta.
Cientistas
esperam aprimorar as informações obtidas pela sonda Messenger da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), que encerrou sua missão em 2015 depois de
ficar quatro anos na órbita de Mercúrio. A primeira espaçonave a visitar o
planeta foi a Mariner 10, da Nasa, que voou pelo planeta em meados da década de
1970.
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