Vereadores
Dudu e Paulo Igor são investigados por crimes
em licitação e peculato — Foto: Reprodução
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Decisão do
STJ foi nesta terça-feira (11) a favor de Paulo Igor (MDB) e Luiz Eduardo da
Silva (Patriota), suspeitos de envolvimento em fraudes em licitação e peculato
na Câmara de Petrópolis.
A Sexta Turma
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu na tarde desta terça-feira (11)
o habeas corpus ao vereador afastado Paulo
Igor Carelli (MDB), preso após ser encontrado com dinheiro escondido na
banheira, e ao outro parlamentar, Luiz Eduardo da Silva
(Patriota), que até então não tinha se entregado à Justiça. Eles são
investigados por envolvimento com fraudes em licitação e peculato na Câmara de
Vereadores de Petrópolis, Região Serrana do Rio.
(CORREÇÃO:
O G1 errou ao informar que Paulo Igor é ex-vereador da Câmara
de Petrópolis. Ele está apenas afastado das funções legislativas. A informação
foi corrigida às 18h33).
Segundo Afonso
Destri, advogado de defesa de Paulo Igor, a decisão ocorreu por volta das 15h.
Afonso disse ao G1, que está em Brasília tomando as providências
para que o vereador afastado seja solto o mais rápido possível e retorne à sua
casa em Petrópolis.
Já Dalle
Schmid, advogada de defesa do Dudu, informou que "ele não se entregou
porque entende que é inocente e que a prisão não era cabível". Ela disse
ainda que dentro de um prazo legal vai entrar com uma ação para que Dudu
retorne ao mandato de vereador.
Até às 18h40
desta terça, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap)
informou que não recebeu o documento oficial pedindo a soltura de Paulo Igor.
Afonso explicou
ainda que o habeas corpus foi apenas um pedido de ordem para colocar Paulo Igor
em liberdade. Ou seja, inicialmente, ele não retornará ao cargo na Câmara.
Em nota, a
Câmara disse que: "a Justiça proferiu que o mesmo se mantenha afastado das
funções legislativas, além de não poder adentrar as dependências do
Legislativo".
Em junho, a defesa
chegou a entrar com dois pedidos de liminares para soltar o vereador afastado, que
foram negados pela Justiça.
A operação
Paulo Igor foi
preso em abril durante a operação Caminho do Ouro do Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Delegacia Fazendária (Delfaz).
Na ocasião,
foram apreendidos R$ 155 mil e 10.300 dólares na casa dele. O dinheiro estava
escondido na bomba da banheira de hidromassagem, em uma gaveta da mesa de
cabeceira e dentro de um carro. Os valores estavam separados e com bilhetes com
nomes e iniciais.
Presidente
da Câmara de Vereadores de Petrópolis escondia
155 mil reais numa banheira — Foto:
Reprodução/TV Globo
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A defesa de
Paulo Igor informou ao G1 que o dinheiro encontrado na casa
dele era lícito e resultado da venda de um imóvel.
Também havia um
mandado de prisão contra o vereador afastado, Dudu, que não foi encontrado
durante a operação e não se entregou à polícia.
Renúncia
Paulo
Igor renunciou
à presidência da Câmara no dia 16 de abril. Na época, disse que a
decisão foi tomada "em respeito à minha esposa, aos meus filhos, aos meus
pais, parentes, amigos, aos colegas vereadores e servidores da casa tomo essa
atitude para poder me concentrar na defesa e provar minha inocência. Com esse
ato não prejudicarei o andamento dos trabalhos e a imagem desta casa que tanto
me orgulho de fazer parte”, disse.
No dia 5 de
junho, a Câmara de Petrópolis rejeitou
a abertura de uma CPI para investigar os vereadores afastados.
A Câmara
Municipal de Petrópolis decidiu em junho suspender
o pagamento dos salários dos vereadores afastados Paulo Igor e
Dudu. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também chegou a
ajuizar uma
ação civil pública pedindo a suspensão dos pagamentos.
Por Aline Rickly, G1, Petrópolis
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