Papa Francisco, em imagem de arquivo
Foto: Tiziana FABI / AFP
|
Em
maio, 34 bispos apresentaram sua renúncia depois de participar de uma reunião
com o papa após suspeita de terem encoberto casos de pedofilia cometidos por
religiosos em dioceses chilenas. Sete deles já deixaram o cargo.
O
Papa Francisco aceitou nesta sexta-feira (21) a renúncia de mais dois bispos
chilenos, elevando para sete o número de religiosos que deixaram o cargo desde
que um escândalo de abuso sexual atingiu a igreja católica no país.
Um
comunicado do Vaticano afirma que o papa aceitou a renúncia dos bispos Carlos
Eduardo Pellegrín Barrera (da diocese de San Bartolomé de Chillán) e do bispo
Cristián Enrique Contreras Molina (da diocese de San Felipe).
Em
maio, em uma iniciativa sem precedentes, 34 bispos do Chile apresentaram sua renúncia depois de
participar de uma reunião de crise com o papa convocada após suspeita de terem
encoberto casos de pedofilia cometidos por religiosos em suas dioceses.
Em
11 junho, o Papa Francisco aceitou as renúncias de três bispos: D. Juan Barros, bispo de Osorno (sul do
Chile), de Cristian Caro Cordero (Puerto Montt), e de Gonzalo Duarte
García de Cortazar (Valparaiso).
Em
28 de junho, foram aceitas as renúncias dos responsáveis pelas dioceses de Rancagua e Talca.
Escândalo
D.
Juan Barros está entre vários membros da hierarquia da Igreja Católica chilena
que são acusados de terem ignorado ou encoberto os abusos do padre chileno
Fernando Karadima nos anos 80 e 90. Karadima foi considerado culpado pelas
acusações, mas não cumpriu pena porque os crimes estavam prescritos.
Fernando
Karadima foi acusado de cometer abusos sexuais de crianças e jovens na paróquia
El Bosque, em Santiago, a capital chilena. Ele teve grande influência na igreja
local e foi responsável por formar 50 sacerdotes - cinco dos quais se tornaram
bispos. Depois que o escândalo veio à tona, o religioso foi condenado a uma
vida de oração e penitência pela Justiça do Vaticano em 2010.
O
Papa Francisco chegou a defender Juan Barros, porém reconheceu, posteriormente,
que cometeu "graves erros de avaliação" sobre o caso
depois de ler um relatório de 2.300 páginas sobre os abusos. Ele convidou três
vítimas a irem a Roma para pedir perdão a elas.
Por G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!