Sergio
Banhos atendeu a pedido da coligação de Jair Bolsonaro. No programa eleitoral
do último dia 13, mensagem atribuída a Lula pedia a todos que votariam nele
para votar em Haddad.
O ministro
Sergio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
determinou nesta segunda-feira (17) a suspensão da propaganda eleitoral
do PT que
exibia uma mensagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva pedindo votos para Fernando
Haddad.
Registrado
inicialmente como candidato
a vice-presidente da República pelo PT, Haddad passou
a ser o candidato do partido à Presidência após o TSE rejeitara
candidatura de Lula.
Na última
quinta-feira (13), o PT exibiu uma propaganda em que era lida uma mensagem
atribuída a Lula na qual o ex-presidente dizia:
"Eu quero
pedir, de coração, a todos que votariam em mim que votem no Haddad para
presidente."
A propaganda
foi questionada pela coligação PSL-PRTB, cujo candidato a presidente é Jair
Bolsonaro.
Para a
coligação, o programa eleitoral do dia 13 "visa transmitir ao eleitor a
informação falsa de que Lula concorre ao pleito de 2018, criando estados
mentais para confundir eleitor".
Os advogados da
coligação de Bolsonaro argumentaram, ainda, que é "fato sabidamente
inverídico de que Lula está preso há mais de cinco meses sem provas nem
crime".
A decisão
Ao analisar o
caso, o ministro Sergio Banhos entendeu que a propaganda "excedeu o limite
de até 25% reservado para os apoiadores" do candidato por ter, segundo
ele, utilizado mais de 50% do tempo com a leitura da mensagem de Lula.
Diante disso, o
ministro deu dois dias para a defesa da coligação de Haddad se manifestar e um
dia para o Ministério Público Eleitoral ser ouvido sobre o assunto.
Enquanto o
mérito da representação não for julgado, a propaganda seguirá suspensa.
Rejeição da
candidatura de Lula
No último dia
1º, o TSE rejeitou a candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa,
segundo a qual uma pessoa se torna inelegível após um processo na Justiça
transitar em julgado (em que não cabe mais recurso) ou ser condenada por órgão
colegiado da Justiça.
Em janeiro,
Lula foi condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) num processo relacionado à Operação Lava Jato (relembre
o caso aqui). Em abril, o ex-presidente foi preso.
Desde que as
investigações sobre Lula começaram, o
ex-presidente disse ser inocente. A defesa de Lula também reafirma que
ele não cometeu crimes, acrescentando que o Ministério Público, autor da
denúncia, não
produziu provas contra o ex-presidente.
Por Rosanne D'Agostino, G1, Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!