Incêndio
atingiu Museu Nacional no último
domingo (2)
(Foto: Reprodução/JN)
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O delegado
Paulo Telles, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e
Patrimônio Histórico, é o investigador responsável pelo inquérito que apura as
causas do incêndio
no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte
do Rio de Janeiro.
Telles conta
com a ajuda de uma equipe de peritos da Polícia Federal – carreira que tem a
responsabilidade de fazer análises científicas nas cenas de possíveis crimes –,
que seguiu de Brasília para o Rio. Esses policiais se juntaram a outros peritos
lotados na capital carioca.
A Polícia Civil
chegou a abrir um inquérito após o incêndio, mas repassou o caso para que seja
conduzido pela delegacia da PF liderada por Paulo Telles. O investigador é
considerado um dos mais experientes da corporação, com amplo respaldo interno.
O incêndio
Maior museu de
história natural da América Latina, seu acervo passava por peças doadas pela
família real, pelo
fóssil humano mais antigo das Américas – a Luzia, com mais de
11.500 anos – e uma imensa gama de itens das mais variadas ciências.
Não se pode
calcular o que foi perdido para as futuras gerações, dentro das 20 milhões de
peças que faziam parte do acervo original. Para pesquisadores, essa foi uma
catástrofe cultural sem precedentes nas Américas. Fósseis, múmias, registros
históricos e obras de arte viraram cinzas.
A professora
Rafiza Varão, da Universidade de Brasília (UnB), resumiu o sentimento de
tristeza com o incêndio no prédio histórico da Quinta da Boa Vista afirmando
que, aqui no Brasil, jaz um passado e, com isso, um futuro.
Rafiza parecia
se espelhar em outra frase, a de George Santayana, filósofo espanhol falecido
em 1952, e que cunhou, com esse pseudônimo, o seguinte raciocínio: “aqueles que
não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.
Por Matheus Leitão
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