Fogo atingiu o prédio do Museu Nacional no domingo, 2 |
RIO - O Corpo
de Bombeiros do Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira, 5, que
o Museu Nacionalestava irregular quanto à segurança
contra incêndio e pânico.
"Após
análise de toda a documentação relativa ao Museu Nacional, o Corpo de Bombeiros
confirma que o órgão não tem o Certificado de Aprovação (CA) da corporação, o
que significa que está irregular no que diz respeito à legislação vigente de
segurança contra incêndio e pânico", afirma nota divulgado pelos
bombeiros.
O certificado
de aprovação é o documento que atesta a conformidade das condições
arquitetônicas da edificação (área construída, número de pavimentos), bem como
as medidas de segurança exigidas pela legislação (extintores, caixas de
incêndio, iluminação e sinalização de segurança, portas corta-fogo).
Segundo os bombeiros, "é de responsabilidade dos administradores dos imóveis o cumprimento da legislação vigente".
Os responsáveis pelo museu já haviam admitido desde a última segunda-feira, 3, que o imóvel não dispunha da maioria dos equipamentos de combate a incêndios.
Segundo os bombeiros, "é de responsabilidade dos administradores dos imóveis o cumprimento da legislação vigente".
Os responsáveis pelo museu já haviam admitido desde a última segunda-feira, 3, que o imóvel não dispunha da maioria dos equipamentos de combate a incêndios.
Vice-diretora
diz que Museu Nacional não precisava de alvará dos bombeiros
A vice-diretora
do Museu Nacional, Cristiana Serejo, afirmou nesta quarta-feira, que o imóvel
não tinha alvará de funcionamento, como os bombeiros informaram, porque,
segundo ela, esse documento não é necessário para esse tipo de prédio:
"Esse alvará não era necessário por ser uma instituição federal, por isso
era isento. Mas as inspeções anuais eram feitas. Nós estávamos sim com os
extintores em dia, e havia uma inspeção periódica", afirmou. Cristiana não
soube dizer quando ocorreu a inspeção mais recente dos bombeiros.
A vice-diretora
afirmou que o Museu Nacional não tinha portas corta-fogo devido à dificuldade
imposta pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para alterar estruturas do prédio, que é
tombado pelo instituto.
Cristiana prevê
que o início da remoção dos escombros comece na próxima semana. "Isso não
é uma informação oficial, é o meu desejo. O quanto antes pudermos entrar e
iniciar a pesquisa do que sobrou, melhor", afirmou. Três empresas estão
avaliando o prédio por fora para começar a calcular o preço do escoramento
necessário para que o trabalho comece. Mas antes desse trabalho será preciso
que a Polícia Federal conclua a perícia, o que deve
demorar pelo menos mais dois dias. A expectativa da vice-diretora é que uma
empresa seja contratada sem licitação para fazer o escoramento e iniciar a
remoção dos escombros. "Deve ser um contrato emergencial, porque não
podemos ficar esperando uma licitação comum", afirmou.
Fabio
Grellet
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