O
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência
Brasil)
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Ao aceitar
denúncia contra Guido Mantega e torná-lo réu, o juiz Sérgio Moro
afirmou que o ex-ministro da Fazenda mantinha quase US$ 2 milhões no exterior
não declarados às autoridades brasileiras nem à Receita Federal.
Responsável
pela Lava Jato na primeira instância, Moro define a descoberta como uma
"inusitada revelação".
Segundo o
magistrado, o ex-ministro tinha "não só uma, mas pelo menos duas contas no
exterior"; uma das contas no nome de Mantega e outra, em nome de uma
empresa off-shore. As contas foram abertas no Banque Pictet & Cie, na
Suíça.
"Agregue-se
ao quadro probatório a inusitada revelação de que o acusado Guido Mantega é
titular de não só uma, mas de pelo menos duas contas no exterior, uma em nome
pessoal e outra em nome da off-shore Papillon Company, ambas abertas no Banque
Pictet & Cie S/A", afirma Moro. Somadas, as contas somam mais de US$
1,9 milhão.
Moro ainda
explica que a off-shore e o saldo respectivo só foram informadas ao Brasil na
adesão, em julho de 2017, de Guido Mantega ao programa de regularização cambial
e tributária imposta pela lei 13.254/2016. A regra foi aprovada durante o
governo que ele fez parte.
O juiz da Lava Jato registra que Mantega
explicou a existência dos valores com o suposto pagamento por fora de negócio
imobiliário do Brasil. A questão, contudo, precisará ser melhor avaliada,
segundo Moro, no momento e no processo
próprio.
Por Matheus
Leitão
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