O presidente
da Guatemala, Jimmy Morales.
(Foto: AP
Photo/Arnulfo Franco)
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Com a
decisão, Guatemala se torna o primeiro país após os Estados Unidos a anunciar
transferência de sua embaixada.
O presidente da
Guatemala, Jimmy Morales, anunciou no domingo (24) a transferência da embaixada
em Israel para Jerusalém para consolidar seu apoio aos Estados Unidos. No
início do mês, Donald Trump decidiu reconhecer Jerusalém como capital de
Israel.
"Dei
instruções à chanceler (guatemalteca Sandra Jovel) para que inicie a respectiva
coordenação", escreveu o presidente em sua conta no Facebook.
Morales havia
anunciado em suas redes sociais uma conversa com o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, a quem prometeu a transferência da sede
diplomática guatemalteca de Tel Aviv para Jerusalém.
O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, saudou nesta segunda-feira a
"importante" decisão da Guatemala, prevendo que "outros países
reconhecerão Jerusalém e anunciarão a transferência de sua embaixada (...) É
apenas o começo".
Os palestinos
chamaram a iniciativa de "ato odioso" e hostil, "que vai de
encontro aos sentimentos dos líderes das igrejas em Jerusalém" e da
recente resolução da Assembleia Geral da ONU, segundo um comunicado divulgado
nesta segunda-feira pelo ministério das Relações Exteriores palestino.
Morales também
indicou que falou com Netanyahu sobre "as excelentes relações entre as
nações desde que a Guatemala apoiou a criação do Estado de Israel".
Com a decisão
do presidente, a Guatemala se torna o primeiro país após os Estados Unidos a
anunciar a transferência de sua embaixada para Jerusalém, em meio a tensões
sobre a medida anunciada pelo americano Donald Trump.
Na sexta-feira,
Morales defendeu o apoio de seu país aos Estados Unidos em seu reconhecimento
de Jerusalém como capital de Israel, um dia depois que a Assembleia Geral da
ONU condenou essa decisão por uma grande maioria.
O mandatário
justificou que o apoio aos Estados Unidos é porque "a Guatemala é
pró-Israel historicamente". "Nos 70 anos de relacionamento, Israel
tem sido nosso aliado", disse.
Poucas horas
depois, o porta-voz do ministro das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel
Nashon, agradeceu a Guatemala por essa "importante decisão".
"Boas
novidades e uma verdadeira amizade!", escreveu Nashon no Twitter.
A Guatemala,
juntamente com Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e as Ilhas Marshall se
alinharam a Washington e Israel para rejeitar a condenação da ONU.
Uma esmagadora
maioria dos Estados membros da ONU condenou a decisão de Washington.
"O
caminho correto"
Além disso,
Morales afirmou que é "de um pensamento cristão, além de político, que
acreditamos que Israel é o nosso aliado e devemos apoiá-lo. Embora sejamos apenas
nove em todo o mundo, estamos com total certeza e convicção de que é o caminho
correto".
Embora tenha
sofrido uma dura derrota na ONU, os Estados Unidos acredita que limitou os
danos, de acordo com Nikki Haley, embaixadora de Washington na organização internacional.
Antes da
votação na ONU, Haley prometeu "anotar os nomes" dos países que
condenaram os EUA e depois da sentença enviou no Twitter uma nota de
agradecimento aos 65 estados de que, segundo ela, "não cederam aos métodos
irresponsáveis Da ONU".
Dos 193 países
que compõem a Assembleia, 128 votaram a favor da resolução, incluindo numerosos
aliados de Washington, como a França e o Reino Unido.
A polêmica
decisão do presidente Trump obscurece a paz no Oriente Médio e provocou tensões
entre israelenses e palestinos.
A Guatemala
participou da criação do Estado de Israel em 1947, primeiro como um dos 11
membros da "Comissão Especial para o Problema da Palestina" e, em
seguida, ao votar a favor da existência de Israel na ONU.
Por France Presse
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