Susana Neves
Cabral, ex-mulher do ex-governador do Rio,
foi denunciada na Lava Jato (Foto: Reprodução
/ TV Globo)
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Ele é
esperado na Justiça Federal como testemunha de Susana Neves Cabral, denunciada
por lavagem de dinheiro. Ela recebe R$ 15 mil por mês no gabinete de Picciani
na Alerj.
O
vice-governador do Rio, Francisco Dornelles (PP), foi convocado para prestar
depoimento como testemunha de defesa da ex-esposa de Sérgio Cabral, Susana
Neves Cabral, nesta terça-feira (21), na Justiça Federal do Rio.
Ela e o
ex-marido, além do irmão dele Maurício de Oliveira Cabral, são réus por lavagem de dinheiro
na sequência das Operações Calicute e Eficiência. Outros três foram denunciados
no processo.
Susana teria comprado,
no início da década, um imóvel em São João del Rei (MG) por R$ 600 mil em nome da empresa Araras
Empreendimentos, com dinheiro oriundo de propina de obras como do Arco
Metropolitano e PAC Favelas pagos pela empresa FW Engenharia. Segundo o
Ministério Público Federal (MPF), ela não tinha recursos de origem lícita
compatível com a compra.
Desde agosto do
ano passado, a ex-mulher de Sérgio Cabral trabalha para outro político que,
recentemente, se tornou alvo dos desdobramentos
da Operação Lava Jato. Ela é assessora do presidente licenciado da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), onde
ganha R$ 15 mil líquidos mensais.
Neste final de
semana, Picciani pediu seu afastamento do cargo para se defender da Operação
Cadeia Velha, na qual foi preso negando as acusações de receber propina para
defender interesses de empresários dentro da Alerj, lavando dinheiro com compra
e venda de gado.
Obras de
arte no sítio de Susana
No sítio em
Minas Gerais, foram encontradas 48
obras como o quadro "O Beijo", de Rubens Gerchman e até
uma camisa do Santos autografada por Pelé. Os bens, diz o Ministério Público
Federal, também seriam obra de lavagem de dinheiro.
As
investigações também apontam que Suzana utilizou sua empresa para ocultar a
origem ilícita de R$ 1.266.975,00. Entre outubro de 2011 e dezembro de 2013,
foram identificadas 31 transferências bancárias de recursos vindos do grupo de
empresas da empreiteira FW Engenharia, através da empresa Survey Mar e Serviços
Ltda, que realizou pagamentos à Araras Empreendimentos a título de serviços de
consultoria em valor quase duas vezes maior que a sua renda bruta declarada.
O que dizem
os citados
Na ocasião da
denúncia, a defesa de Suzana afirmou que ela jamais escondeu obras de arte ou
qualquer outro objeto em sua propriedade. "A defesa destacou ainda que o
imóvel localizado em Araras não é dela, pertence à sua mãe e ao seu falecido
pai, desde a década de 70. Susana está à disposição para prestar todos os
esclarecimentos necessários à investigação."
O advogado de
Jorge Picciani declarou que o cliente dele é inocente e que a decisão do
Tribunal Regional Federal foi equivocada. Já o de Sérgio Cabral tem afirmado
recorrentemente que o ex-governador não recebeu propina, mas reconhece ter
utilizado o que chama de "sobras de campanha" e de caixa dois.
Por Gabriel Barreira, G1 Rio
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