Eliana María
Krawczyk, primeira oficial submarinista argentina
e uma das 44 pessoas no submarino desaparecido
ARA San Juan
(Foto:
Marinha da Argentina/AFP)
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Eliana María
Krawczyk, de 35 anos, é a 'primeira submarinista' da Argentina. O ARA San Juan
desapareceu com 44 tripulantes no Atlântico Sul.
Única mulher no
submarino militar argentino desaparecido com 44 tripulantes no Atlântico Sul,
Eliana María Krawczyk, de 35 anos, é descrita pela imprensa local como primeira
oficial submarinista do país e da América do Sul. Ela ocupa o cargo de chefe de
armas do ARA San Juan, que perdeu contato com a terra na sexta-feira (17).
Eliana nasceu
em Oberá, na província de Misiones, no nordeste da Argentina, e só conheceu o
mar aos 21 anos de idade, destaca o perfil do jornal "Clarín". Após
se formar no ensino médio, ela se matriculou na Universidade de Misiones para
fazer faculdade de Engenharia Industrial.
Duas tragédias
familiares levaram Eliana a desistir do curso: a morte de um irmão, em um
acidente de trânsito, e a morte da mãe, em decorrência de um problema cardíaco.
Em um perfil
publicado em 2015 na revista "Viva", que circula nas edições de
domingo do "Clarín", ela se lembrou da ocasião em que pensou, pela
primeira vez, em começar uma nova carreira:
"Um dia,
pela internet, vi um aviso da marinha convocando jovens. Fui correndo a Posadas
[capital de Misiones] e me inscrevi. Larguei tudo e viajei para a Escola Naval
Militar de Ensenada [cidade litorânea]. Levei uma foto de mamãe na
carteira".
O jornal
informa ainda que, em 2009, Eliana passou a oficial e, três anos mais tarde, se
inscreveu na Escola de Submarinos e Mergulho. Formou-se em dezembro de 2012,
tornando-se então a primeira oficial submarinista do país.
'A rainha dos
mares'
Eliana María
Krawczyk, única mulher a bordo do ARA San Juan, submarino argentino
desaparecido; ela, que tem 35 anos, é a primeira oficial submarinista do país
(Foto: Marinha da Argentina/AFP)
"A rainha
dos mares". É este o apelido que o pai de Eliana María Krawczyk deu à
filha, segundo jornal "La Nacion". Falando sobre o gosto da jovem
pela profissão, um parente disse à publicação: "Talvez haja alguns genes
dos avós, que vieram da Europa em um barco. Não sei, é uma paixão inexplicável".
Também chamada
de "estrelinha" no círculo familiar, por ser a mais nova da família,
Eliana é citada com carinho pelos colegas do curso na Escola de Submarinos e
Mergulho. Eles enviaram aos irmãos da jovem a seguinte mensagem:
"Todos nós
estamos unidos por ela, como sempre, adoramos a Eli como pessoa: profissional,
amiga e melhor companheira. Estamos fazendo tudo para voltarmos a nos comunicar
com o submarino e temos fé de que tudo vai terminar bem. A família de Eli é
nossa família".
Último contato
do submarino
Sinais de
satélite não ajudam a localizar submarino argentino desaparecido
Na noite de
sábado (18), o Ministério da Defesa da Argentina informou que foram detectadas
sete chamadas de satélite que supõe serem do ARA San Juan.
O submarino
manteve contato com a base pela última vez na manhã de quarta-feira (15),
quando estava no sul do Mar Argentino, a 432 quilômetros da costa patagônica do
país.
A principal
hipótese é que teria acontecido um problema no equipamento de comunicação do
ARA San Juan. Segundo o protocolo, em caso de falha nesse equipamento, o
submarino deve subir à superfície para viabilizar o contato visual.
O presidente da
Argentina, Mauricio Macri, afirmou que o governo está empenhado em usar todos
os recursos internacionais para encontrar o submarino o quanto antes.
O porta-voz da
Marinha Enrique Balbi explicou que, além dos recursos aéreos e marítimos da
Argentina, uma aeronave da agência aeroespacial norte-americana NASA sobrevoou
parte do Atlântico Sul onde o submarino estaria.
Na América do
Sul, os governos do Brasil, Chile, Uruguai e Peru ofereceram assistência. O
Reino Unido ofereceu suporte logístico. A África do Sul também ofereceu apoio.
Por G1
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