Casos de furtos e greve de vigilantes deixam universitários e funcionários inseguros na Uerj, em Resende | Rio das Ostras Jornal

Casos de furtos e greve de vigilantes deixam universitários e funcionários inseguros na Uerj, em Resende

Placa informando greve de vigilantes no campus da Uerj
em Resende (Foto: Júlia Groetares/Arquivo pessoal)
Em um dos crimes, foi levado o celular de um universitário do 5º período. 'Nunca pensei que isso fosse acontecer aqui no campus de Resende'.
Não bastasse a dificuldade de acompanhar o confuso calendário acadêmico que sofre os efeitos das seguidas greves de professores e funcionários, os alunos do campus da Uerj em Resende passaram a conviver com a sensação de insegurança nos últimos dias.
Na última semana foram pelo menos dois furtos. Em um deles, foi levado o celular do universitário Rodrigo Bezerra, do 5º período de Engenharia de Produção.
"Eu tinha deixado o telefone carregando no Departamento de Mecânica e quando voltei não encontrei mais. Sou do Rio e nunca pensei que isso fosse acontecer aqui no campus de Resende".
No outro caso, foi levada uma mochila de uma universitária. A sensação de insegurança provocada pelos episódios faz com que os funcionários revejam alguns hábitos.
"Tomamos alguns cuidados. Não deixamos mais ficar ninguém sozinho no laboratório. Os alunos que fazem pesquisa só podem ficar no laboratório junto com um professor ou com um técnico", explicou o técnico em química Wolney Jardim.
A falta de iluminação do campus no período noturno, que segundo os alunos já era um problema antigo, também preocupa.
"Perto de um dos laboratórios, que fica em um prédio separado das salas de aula, é muito escuro e quando a gente sai, muitas vezes já bem tarde da noite, precisa iluminar o caminho com a lanterna do celular. Com esses furtos que ocorreram, é claro que a gente fica preocupada de acontecer algo pior", reclamou a universitária Julia Groetares.
Vigilantes sem salário
A responsabilidade pela segurança do campus é da própria Uerj, que conta com quatro equipes de sete vigilantes. Sem pagamento há três meses, eles estão em greve há aproximadamente dez dias, quando afixaram uma placa na entrada do campus.
"A gente acredita que esses furtos podem ter acontecido por causa da greve. A placa pode ter sido o chamariz para que acontecer o que aconteceu. Isso não é normal", reclamou Rodrigo.
O sindicato da categoria informou que a empresa de segurança patrimonial responsável pelos vigilantes chegou a depositar uma quantia na última semana, mas o valor não é suficiente para cobrir um mês de salário e por isso não há previsão para o fim da greve.
A empresa alega que o governo do Estado está devendo 5 meses de repasses e não tem condições de efetuar o pagamento dos vigilantes até que a situação esteja regularizada.
Procurada pelo G1, a secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social informou que "com a execução do plano de recuperação fiscal, o fluxo de pagamento das despesas referentes ao custeio da Uerj seja intensificado e normalizado", mas não estabeleceu um prazo.
Sobre a falta de infraestrutura do campus de Resende, a assessoria da imprensa da Uerj se pronunciou através de uma nota informando que foram iniciados dois projetos de manutenção com duas empresas terceirizadas.
Um deles é de apoio operacional, referente à capina e o outro projeto é de apoio de manutenção predial, que inclui a iluminação do campus. O prazo para a conclusão dos trabalhos não foi informado.

Por Luís Filipe Pereira, G1 Sul do Rio e Costa Verde
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