Passaporte
da "Ilha de lixo". O passaporte de Al Gore da "Ilha de
lixo".
Ilustração do abaixo-assinado para o
reconhecimento da ilha de lixo.
(Foto:
Divulgação/Plastic Oceans/LadBible)
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Ex
vice-presidente dos EUA, Al Gore, aceitou ser o primeiro cidadão do novo país e
centenas de milhares de pessoas já assinaram a petição e pediram o passaporte.
A ONG
ambientalista canadense Plastic Oceans Foundation lançou um abaixo-assinado
para que a gigantesca ilha de lixo que flutua no meio do Oceano Pacífico seja
reconhecida pela ONU como o 196º país do mundo.
O objetivo é
que a ilha de lixo, uma vez reconhecida como país independente, seja protegida
pelas leis ambientais internacionais e, portanto, o lixo que a forma seja
eliminado. Hoje o “Redemoinho de Lixo do Pacífico”, como foi chamada a ilha, é
uma enorme massa de lixo formada pelo plástico que todos os dias é jogado nos
mares. Em total, sua extensão chegou a superar os 700 mil km quadrados, quanto
o tamanho da França.
A campanha,
lançada junto aos especialistas de conteúdos virais da empresa LadBible, faz referência
a Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados de 1993, que
em seu Artigo 1 esclarece quais seriam os critérios para que um país possa
definir um território, formar um governo, interagir com outros estados e ter
uma população permanente.
O
ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore – famoso ambientalista e Prêmio
Nobel da Paz em 2007 - concordou em se tornar o primeiro cidadão honorário do
novo estado flutuante. Gore definiu como "absolutamente ultrajante" a
existência dessa ilha, ressaltando a necessidade de "restringir esta
nação".
A proposta de
criação da nova nação - lançada no site Change.org - já é apoiada por mais de
100 mil assinaturas, incluindo a de Gore, da atriz Judy Dench, o atleta
olímpico Mo Farah, entre outros, já foi apresentada às Nações Unidas, que terão
que decidir se a ilha de lixo deverá ser reconhecida como 196º país do mundo.
Para aumentar o
impacto do marketing, o designer Mario Kerkstra chegou a criar uma bandeira,
desenhar passaportes - em selos reciclados de plástico – selos dos correios e
uma moeda, chamada de “detrito".
A grande ilha
de lixo do Pacífico foi criada pelos pelos redemoinhos de correntezas e ventos
que com o tempo levaram enormes quantidades de lixo entre o 35º e o 42º
paralelo norte, entre as ilhas Hawaii e a Califórnia.
A formação é
devida à ação do vento, que cria um vórtice subtropical no Pacífico, onde a
água circula em sentido horário.
O ecossistema
não é imune à presença desses resíduos. Muitos animais acabam comendo restos de
plástico e morrendo sufocados. A nocividade do lixo também prejudica a flora,
afetando também a cadeia alimentar e, indiretamente, o homem.
Por G1
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