© Câmara dos
Deputados Defensor de Temer na primeira
denúncia,
Antonio Claudio Mariz faz sustentação no
plenário da
Câmara
|
Mariz disse que
Michel Temer ainda não definiu quem será seu advogado em relação à acusação
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas que ele se comprometeu a sugerir uma lista de nomes ao
presidente, da qual deve sair o novo defensor. Durante a tramitação da primeira
denúncia feita pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, Antonio Mariz fez
sustentações orais na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Câmara,
proporcionando argumentos jurídicos para os parlamentares que estavam decididos
a defender Temer.
Questionado,
ele disse que não atuou em favor de Lúcio Funaro em nenhum processo específico,
mas dando consultoria ao operador no início das investigações contra ele, entre
2014 e 2015. Apontado como uma espécie de ‘banqueiro informal’ do PMDB, Funaro
foi preso em julho de 2016 e, em sua colaboração, acusou o presidente de
receber e intermediar propinas, conforme antecipou VEJA há duas
semanas.
As declarações
do operador foram utilizadas pela PGR para corroborar a tese da existência de
uma “organização criminosa” do PMDB da Câmara, que teria Temer como líder. Na
peça apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e remetida à Câmara dos
Deputados, Janot afirma que o grupo aumentou suas atividades ilícitas após o
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a ascensão de Temer à
Presidência.
O presidente
não tem prazo para definir um novo advogado. No entanto, com a chegada da
acusação ao Congresso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve
determinar a notificação dele sobre a denúncia, passando a contar um prazo de
dez sessões para que Temer apresente a sua defesa. Ele pode fazer a sustentação
oral na CCJ pessoalmente ou através de seu novo defensor.
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