Prefeito
André Granado é investigado por suspeita de irregularidades
em
licitações durante o primeiro mandado em 2013 (Foto: Divulgação)
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Sessão na Câmara foi
interrompida na segunda (21) após tumulto; prefeito é investigado por suspeita
de irregularidades em licitações.
Será retomada nesta quinta-feira
(24) a votação do processo que pode levar ao impeachment do prefeito de Armação
dos Búzios, André Granado. Ele é investigado em um Comissão Processante
(CP) na Câmara por suspeita de irregularidades em licitações durante o primeiro
mandato como prefeito, em 2013. A
sessão teve início na segunda-feira (21) e foi interrompida por falta de
segurança após tumulto e bate boca entre os vereadores.
Para garantir que o processo seja
concluído, haverá reforço na segurança. O início da sessão está marcado para as
13h. São necessários 6 votos dos 9 vereadores que compõem a casa para que o
prefeito seja afastado do cargo pelas "Infrações Político
Administrativas".
A acusação feita após investigação
do Ministério Público é de que a Prefeitura realizou pelo menos 25 pregões
presenciais, entre 24 de maio e 11 de julho de 2013, sem fazer publicidade e
atas de registro de preço. De acordo com o MR-RJ, o prejuízo causado pelas
fraudes ultrapassa os R$ 30 milhões.
Segundo a reportagem do RJ Inter
TV 2ª Edição, na sessão de segunda-feira (21) houve uma discussão entre o
presidente da Câmara, João Carlos Alves de Souza, e o advogado de defesa do
prefeito, Sérgio Azevedo.
André Granado chegou a ser
afastado do cargo duas vezes esse ano, nos meses de junho e julho, por conta da
mesma investigação, e retornou após decisão da Justiça. O primeiro episódio
aconteceu por processo movido na Câmara, mas a Justiça considerou que o Legislativo
não pode conceder afastamento temporário, apenas definitivo, ou seja, era
preciso concluir se André Granado é culpado para retirá-lo da Prefeitura.
O segundo afastamento aconteceu
após ação apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate a
Corrupção (GAECC), do Ministério Público, mas André novamente retornou à
Prefeitura ao conseguir uma liminar da Justiça.
Ainda de acordo com a denúncia, as
empresas vencedoras do processo irregular em 2013 foram novamente beneficiadas
posteriormente com prorrogações dos contratos emergenciais e com novas
licitações e aditivos. O GAECC afirma que alguma prestam serviços ao município
até hoje.
No período em que o prefeito
esteve afastado, o vice, Carlos Henrique Gomes (PP), que também
é investigado por suspeita de desvio de dinheiro público, assumiu o
cargo. O crime teria acontecido enquanto ele era secretário de obras entre os
anos de 2008 e 2012. Sobre a denúncia, Henrique Gomes negou as acusações em
entrevista concedida à equipe da Inter TV, acrescentando que a Justiça concedeu
habeas corpus em favor dele.
Por G1, Região dos Lagos
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