Vaticano pede que 'se evite ou suspenda' Assembleia Constituinte na Venezuela | Rio das Ostras Jornal

Vaticano pede que 'se evite ou suspenda' Assembleia Constituinte na Venezuela

O Vaticano lamentou a radicalização e o agravamento da crise 
Foi a primeira manifestação da Santa Sé após a votação de domingo. Constituintes assumem nesta sexta seus postos para iniciar trabalhos.
O Vaticano pediu que "se evitem ou suspendam as iniciativas em curso como a nova Constituinte" na Venezuela, pois, segundo salientou, "mais que favorecer à reconciliação e a paz, fomentam um clima de tensão e enfrentamento e hipotecam o futuro". O pedido veio em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (4) pela Secretaria de Estado da Santa Sé, dirigida pelo cardeal Pietro Parolin, antigo núncio em Caracas.
Esta é a primeira reação oficial do Vaticano após a votação da Assembleia Constituinte, que a oposição não aceita por considerar uma fraude.
O Vaticano lamentou a radicalização e o agravamento da crise "e apontou que o papa 'segue de perto' esta situação e 'suas implicações humanitárias, sociais, políticas, econômicas e, inclusive, espirituais'".
"A Santa Sé pede a todos os atores políticos, e em particular ao governo, que assegure o pleno respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, como também da vigente Constituição", destaca a nota.
Além disso, dirigiu uma "premente chamada" a toda a sociedade para que "seja evitada toda forma de violência" e pediu que as forças de segurança se abstenham do "uso excessivo e desproporcional da força".
Denúncias de fraude
A Assembleia Constituinte, integrada apenas por representantes ligados ao governo de Nicolás Maduro eleitos nos pleitos do domingo passado, deve iniciar suas tarefas nesta sexta, apesar das denúncias de fraude eleitoral.
A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) rechaçou a iniciativa do Executivo de Maduro por considerá-la "perigosa para a democracia" e o presidente dos bispos venezuelanos, Diego Padrón, alertou que poderia derivar em uma "ditadura militar".
A Constituinte foi rejeitada por países como Brasil, México, Espanha, Colômbia e Estados Unidos, bem como pela União Europeia, enquanto foi reconhecida por China, Rússia, Cuba, Bolívia e Nicarágua.
O Vaticano, que impulsionou no ano passado uma negociação entre as partes que acabou fracassando, se soma deste modo ao grupo de países que exigem que Maduro suspenda seus planos constituintes.

Por G1
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