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Agência Brasil
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BRASÍLIA - O presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que a
Casa vai "entender" e "respeitar" uma eventual segunda
denúncia apresentada pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra
o presidente Michel Temer. Segundo Maia, um segundo pedido de investigação vai
paralisar os trabalhos da Casa, mas será enfrentada.
"Se vier outra denúncia, os
trabalhos param, obviamente, mas vamos enfrentar", afirmou Maia em
entrevista ainda no plenário da Câmara, após encerrar sessão em que a Casa
arquivou a primeira denúncia por corrupção passiva apresentada pela PGR contra
Temer. A denúncia foi barrada por 263 votos a 227. Houve ainda duas abstenções
e 19 parlamentares não compareceram ao plenário para votar.
O presidente da Câmara afirmou que
uma nova denúncia caberá a Janot e que qualquer que seja a decisão dele a Casa
"vai respeitar". Maia disse, porém, que espera que a Casa possa
retomar uma pauta de projetos que ajudem o Brasil a sair da crise e retomar o
crescimento econômico. Além disso, lembrou que deverá pautar a votação da
reforma política para as próximas duas semanas na Casa. "A reforma
tributária é polêmica também", descartou.
O parlamentar fluminense voltou a
criticar mudança na meta fiscal para este ano. Como vem mostrando o Broadcast,
a equipe econômica estuda aumentar em R$ 30 bilhões a previsão de déficit nas
contas públicas para até R$ 159 bilhões. O montante é o mesmo déficit previsto
pela meta fiscal do ano passado. "Mudança na meta é muito ruim, mostra que
não soubeos cortar gastos", afirmou.
Previdência. Maia usou
a votação da denúncia como "termômetro" para a votação da reforma da
previdência. "Sabemos que vamos ter que reoganizar a votação. Para
ter os 308 votos necessários, vamos ter que reorganizar", afirmou Maia em
entrevista ainda no plenário, logo após encerrar a sessão em que a denúncia
contra Temer foi votada. Na votação de hoje, o governo só conseguiu reunir 263
votos contra a abertura de investigação, além de duas abstenções e 19
ausências, também consideradas favoráveis a Temer.
Maia afirmou que será preciso
entender melhor o "ambiente" na base aliada para que a reforma da
Previdência possa ser votada. Por esse motivo, ele evitou dar uma previsão de
quando a proposta será votada. Em entrevista ao Broadcast em julho, o
presidente da Câmara chegou a dizer que, se a reforma não começasse a ser
analisada em plenário até o fim de agosto, não haveria mais condições de
votá-la antes de 2019.
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