Mulher chora
entre pedestres conduzidos pela polícia após
ataque em
Barcelona, na Espanha (Foto: Pau Barrena/AFP)
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Ataques em Barcelona e Cambrils
deixaram 14 mortos e mais de 130 feridos. Primeira vítima identificada é um
italiano de 35 anos.
O balanço de mortos e feridos nos
ataques de Barcelona e Cambrils, na Espanha, aumentou nesta sexta-feira (18).
De acordo com os serviços de emergência, 14 pessoas morreram e 130 pessoas de
34 nacionalidades ficaram feridas nos dois atropelamentos. Quatro pessoas foram
detidas por suspeita de envolvimento nos atentados.
A Polícia autônoma da Catalunha
(Mossos d'Esquadra) informou nesta manhã que a 14ª vítima foi uma mulher, de
Zaragoza, que tinha sido atropelada em Cambrils. A primeira vítima identificada
foi o italiano
Bruno Gulotta, de 35 anos. Entre os feridos, 17 estão em situação
crítica e outras 30, em estado grave.
A polícia espanhola deteve nesta
sexta em Ripoll, na província catalã de Girona, mais dois marroquinos por
suspeita de ter vínculos com os atentados terroristas em Barcelona e Cambrils
sem fornecer detalhes da investigação.
Na quinta, um espanhol e um
marroquino já tinham sido detidos, mas nenhum deles era o motorista da van ou
tinha antecedentes ligados ao terrorismo, segundo a polícia.
Embora as buscas por suspeitos
prossigam, os investigadores trabalham com a hipótese de que o motorista da van
foi morto horas mais tarde após o Audi A3 em que ele estava atropelar um 1
policial e seis civis em Cambrils. A polícia reagiu e matou cinco suspeitos
(que não estão incluídos no balanço com o número de mortos divulgado pelas
autoridades). Quatro
suspeitos são procurados.
La Rambla
O atropelamento em Barcelona
começou nas imediações da praça Catalunha e percorreu 600 metros da Rambla
atingindo as vítimas (veja mapa abaixo). O Estado
Islâmico reivindicou o ataque.
Dois italianos morreram em
Barcelona. O governo francês confirmou que há 26 franceses entre os feridos. O
jornal "El País" noticiou que três alemães estão entre os mortos.
Também haveria vítimas gregas e belgas. A EFE informou que dois argentinos –
uma mulher de 67 anos e um homem de 37 – machucaram-se no ataque. O Itamaraty
disse que não há notícias de brasileiros entre as vítimas.
Brasileiros
que estão na cidade disseram que houve correria e muito pânico
durante o ataque e nos momentos que se seguiram, com um clima de tensão na
cidade.
Atentado em Barcelona já tem 14
mortos e terceiro suspeito é preso
Cambrils
Menos de 10 horas depois do ataque
em Barcelona, no início da madrugada desta sexta (no horário da Espanha), um
Audi A3 ultrapassou
um bloqueio policial e atropelou pedestres, em Cambrils, cidade a 117
km de Barcelona. Sete pessoas ficaram feridas – um policial e seis civis. A
polícia catalã matou os cinco suspeitos que estavam no carro, entre eles,
o suspeito
de ter conduzido a van que atropelou uma multidão em Barcelona.
Um vídeo, publicado pelo
Expressand Star News, mostra imagens fortes do momento em que os suspeitos são baleados.
Foram encontrados no veículo cintos com falsos explosivos.
Alcanar
A polícia trabalha com a hipótese
de que os dois atentados foram preparados a partir de um imóvel em Alcanar.
Uma explosão, que foi atribuída a um vazamento de gás, deixou um morto e outras
sete feridas na noite de quarta, véspera dos ataques, teria prejudicado
a organização dos atentados. No local estavam estocados mais de 20
cilindros de gases butano e propano.
Papa condena
O Papa Francisco condenou o
ataque, expressou "seu mais profundo pesar pelo cruel atentado que semeou
morte e dor em La Rambla de Barcelona" e ofereceu suas orações pelas
vítimas "que perderam a vida em uma ação tão desumana", enfatiza o
comunicado pelo Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, de
acordo com a France Presse.
"A violência cega, que é uma
gravíssima ofensa ao Criador, e eleva suas orações ao Altíssimo para que nos
ajude a continuar trabalhando com determinação pela paz e a concórdia no
mundo", diz o texto.
Ataque em Barcelona
Segundo o "El País", o
motorista avançou com a van sobre os pedestre em La Rambla por cerca de 600
metros. No centro da via fica a parte exclusiva para pedestres e, nas laterias,
a passagem de carros. O local é muito movimentado, com artistas de rua,
restaurantes e vendedores ambulantes.
Algumas pessoas se protegeram nas
diversas lojas que existem no local, que é um dos principais pontos turísticos
da cidade e fica lotado nesta época do ano, que é verão na Europa. O motorista
da van fugiu caminhando.
O veículo
usado no ataque foi alugado por um homem chamado Driss Oukabir, em
Santa Perpetua de la Mogada, município perto de Barcelona. A imprensa chegou a
divulgar uma foto de Driss Oukabir dizendo que ele era o autor do ataque e que
teria sido preso. No entanto, o jornal "La Vanguardia" publicou que
ele se apresentou em uma delegacia de Girona, a cerca de 100 km de Barcelona, e
afirmou que seu documento havia sido roubado e que no momento do ataque ele
estava em Ripoll, uma das cidades desta província.
Um segundo veículo, também ligado
ao atentado, foi encontrado pela polícia na cidade de Vic, a 70 km de
Barcelona. A região da Rambla foi isolada, e as estações de metrô e trem perto
do local do atropelamento foram fechadas – e liberadas só no fim da noite.
Mulheres feridas recebem
tratamento após atentado com uma van que foi usada para atropelar diversas
pessoas nas Ramblas de Barcelona (Foto: Oriol Duran/AP)
Temporada turística
O atentado aconteceu no auge da
temporada turística de verão em Barcelona, um dos principais destinos
turísticos da Europa, que recebe pelo menos 11 milhões de visitantes
anualmente. A prefeitura suspendeu todas as atividades públicas, entre elas, a
tradicional festa do bairro de Gracia.
Em março de 2004, militantes
islâmicos colocaram bombas em vagões de metrô em Madri, que explodiram na
estação de Atocha. O atentado, o mais mortal da história da Espanha, deixou 191
mortos e mais de 1,8 mil feridos.
Por G1
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