No Peru,
Ministério Público pediu a prisão preventiva
de Alejandro
Toledo (Foto: Karel Navarro/AP)
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Alejandro Toledo já era acusado
de de tráfico de influências e lavagem de dinheiro no caso Odebrecht. Ele está
nos Estados Unidos.
Um juiz peruano ampliou o pedido
de extradição dos Estados Unidos do ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo
(2001-2006), pelo delito de conluio, uma acusação que se somará às de tráfico
de influências e lavagem de dinheiro, informou nesta segunda-feira (7) o Poder
Judiciário.
Toledo tem uma ordem de prisão
preventiva de 18 meses pelo suposto suborno recebido da Odebrecht, mas, por
permanecer nos Estados Unidos, a Justiça peruana tramita sua extradição desse
país.
O Primeiro Juizado de Investigação
Preparatória Nacional, presidido pelo juiz Richard Concepción Carhuancho,
ordenou a solicitação aos Estados Unidos da ampliação da prisão preventiva com
fins de extradição do ex-presidente Toledo pelo crime de conluio referente ao
caso Odebrecht.
A decisão esteve fundamentada pelo
princípio de dupla incriminação, ou seja, que se qualifica como delito em ambos
países, e a não prescrição do mesmo.
A ata, com documentos e cópias de
declarações de indiciados, testemunhas e delatores, foi enviada à Unidade de
Cooperação Internacional, bem como ao escritório da Interpol de Lima para o seu
conhecimento e fins pertinentes, detalhou um comunicado do Poder Judiciário.
Pagamentos ilícitos
De acordo com a acusação, Toledo
defraudou o Estado peruano, aliando-se a Jorge Barata, ex-representante da
Odebrecht no Peru, para favorecer a construtora brasileira na concessão do
projeto Corredor Viário Interoceânico Sul Peru-Brasil.
Em contrapartida, a Odebrecht
teria realizado o depósito de pagamentos ilícitos em contas de empresas
"offshore" vinculadas ao empresário Josef Maiman, suposto
testa-de-ferro de Toledo, no valor de US$ 9 milhões, ainda que tenha sido
acordado um pagamento de US$ 20 milhões.
O juiz Concepción Carhuancho
solicitou no último mês de fevereiro a detenção preventiva com fins de
extradição de Toledo pelos delitos de tráfico de influências e lavagem de
dinheiro.
Por Agencia EFE
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