Governo venezuelano não diz exatamente quando Constituinte será instalada; oposição adia protesto | Rio das Ostras Jornal

Governo venezuelano não diz exatamente quando Constituinte será instalada; oposição adia protesto

O poderoso dirigente chavista Diosdado Cabello declarou que
após a eleição de seus membros a Constituinte tem um
 prazo de 72 horas para começar, mas não precisou
quando inicia a contagem do prazo.
Nicolás Maduro disse na terça-feira apenas que Constituinte seria instalada nas próximas horas. Marcha de protesto em Caracas acontecerá na 5ª.
O governo venezuelano não anunciou exatamente quando será a instalação da polêmica Assembleia Constituinte, o que tem criado confusão entre seus adversários. Por isso, a oposição decidiu adiar de quarta (2) para quinta-feira (3) a grande passeata de protesto.
Inicialmente, a posse dos 545 deputados estava prevista para esta quarta. Na terça-feira (1º), o vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, disse em pronunciamento na televisão estatal que a Assembleia Nacional Constituinte, eleita no domingo (30), deverá ser instalada em "em poucas horas".
O poderoso dirigente chavista Diosdado Cabello declarou que após a eleição de seus membros a Constituinte tem um prazo de 72 horas para começar, mas não precisou quando inicia a contagem do prazo.
Face à indefinição da posse, a oposição adiou a passeata que acontecerá em Caracas, capital do país. "Atenção: a passeata contra a fraude constituinte será nesta quinta-feira, dia no qual a ditadura pretende 'instalar' a fraude", publicou no Twitter o dirigente Freddy Guevara.
Sob protesto da oposição e críticas da comunidade internacional, a Venezuela entra em uma nova etapa do conflito político com a eleição dos constituintes, segundo a France Presse.
Rejeitada por 72% dos venezuelanos, segundo o instituto de pesquisa Datanálisis, a Constituinte foi votada por oito milhões de eleitores (42,5%), conforme números oficiais divulgados após a votação.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, propôs a Constituinte como solução para a grave crise política do país, mas a oposição, que exige eleições gerais, considera a iniciativa uma fraude para tentar perpetuar o presidente no poder. Os opositores têm maioria no Parlamento.
Prisão de oposicionistas
A mobilização pretende denunciar a "ilegitimidade" da Assembleia Constituinte, não reconhecida por vários países, incluindo os Estados Unidos, e condenar a detenção dos presos mais emblemáticos da oposição: Leopoldo López e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, acusados de planejar uma fuga e de convocar um boicote à votação estimulada pelo presidente Nicolás Maduro.
Na madrugada de terça-feira, os dois foram levados para a prisão militar de Ramo Verde, nas proximidades da capital Caracas.
Segundo o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), López e Ledezma foram presos por supostos planos de fuga e suas declarações políticas.
López não podia "fazer nenhum tipo de proselitismo político" e Ledezma, prefeito de Caracas, tinha "a obrigação de se abster de fazer declarações a qualquer meio", assinalou um comunicado do TSJ.
O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU declarou que está "profundamente preocupado" com as prisões e pediu a Caracas que liberte todos aqueles que exercem os seus direitos democráticos.
Na madrugada de terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que os Estados Unidos consideram Nicolás Maduro "pessoalmente responsável" pela saúde e segurança de dois líderes de oposição presos.
Eleitos
Nesta terça, a autoridade eleitoral da Venezuela anunciou que o filho e a esposa do presidente de Maduro foram eleitos como membros da polêmica Assembleia Nacional Constituinte que redigirá a nova Constituição do país.
Nicolás Ernesto Maduro Guerra, 27 anos, entrou na arena política com a sua candidatura à Constituinte. 'Nicolasito', como é conhecido, concorreu na eleição setorial como representante da administração pública, na qual trabalhou desde que o seu pai chegou ao poder, em 2013, ocupando altos cargos criados pelo presidente.
Nicolas Ernesto Maduro Guerra, filho do presidente da Venezuela, que também é conhecido com o ‘Nicolasito’ em foto de abril de 2006 (Foto: Juan Barreto / AFP )
O agora membro da Assembleia Constituinte, Nicolasito era praticamente um desconhecido, embora há alguns anos tenha causado polêmica após a circulação de imagens suas recebendo uma "chuva de dólares" enquanto dançava em uma festa de casamento.
Em sua biografia no Twitter, afirma que é graduado em Economia, flautista do aclamado sistema de orquestras juvenis e "soldado de Chávez até além da vida".
Além da eleição por setor social, na qual 173 candidatos foram escolhidos, também houve uma eleição territorial, para definir outros 364 membros, sendo um representante por cada município e dois para cada capital, independentemente do número de habitantes.

Por G1
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