Nicolas
Ernesto Maduro Guerra, filho do presidente da
Venezuela,
que também é conhecido com o ‘Nicolasito’
em foto de abril de 2006 (Foto: Juan Barreto /
AFP )
|
Órgão de 545 membros redigirá
nova Constituição e funcionará como suprapoder.
O filho e a esposa do presidente
da Venezuela, Nicolás Maduro, foram eleitos como membros da polêmica Assembleia
Nacional Constituinte que redigirá a nova Constituição do país, anunciou a
autoridade eleitoral nesta terça-feira (01). "Nicolasito" Maduro e
Cilia Flores formarão o órgão de 545 membros, que funcionará como um
suprapoder.
Nicolás Ernesto Maduro Guerra, 27
anos, entrou na arena política com a sua candidatura à Constituinte. Concorreu
na eleição setorial como representante da administração pública, na qual
trabalhou desde que o seu pai chegou ao poder, em 2013, ocupando altos cargos
criados pelo presidente.
Além da eleição por setor social,
na qual 173 candidatos foram escolhidos, também houve uma eleição territorial,
para definir outros 364 membros, sendo um representante por cada município e
dois para cada capital, independentemente do número de habitantes.
O agora membro da Assembleia
Constituinte, Nicolasito era praticamente um desconhecido, embora há alguns
anos tenha causado polêmica após a circulação de imagens suas recebendo uma
"chuva de dólares" enquanto dançava em uma festa de casamento.
Em sua biografia no Twitter,
afirma que é graduado em Economia, flautista do aclamado sistema de orquestras
juvenis e "soldado de Chávez até além da vida".
O presidente venezuelano propôs a
Constituinte como solução para a grave crise política do país, mas a oposição,
que exige eleições gerais, considera a iniciativa uma fraude para tentar
perpetuar o presidente no poder. Os opositores têm maioria no Parlamento.
Crítica
O reitor do poder eleitoral
venezuelano Luis Emilio Rondón denunciou nesta terça-feira (1º) irregularidades
na votação. Rondón, único reitor eleitoral alinhado com a oposição entre os
cinco membros do organismo, declarou que "pela primeira vez" não pode
avalizar a "consistência ou veracidade" dos resultados, pois tomaram
decisões que atentam contra sua credibilidade.
O reitor denunciou ainda que antes
de sua publicação, os resultados foram entregues a Maduro.
"Controles que fazem do
sistema eleitoral um sistema seguro foram flexibilizados e, em alguns casos,
eliminados. Eliminaram algumas auditorias (...). É preciso saber se as pessoas
votaram mais de uma vez".
Por G1
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!