A
ex-procuradora da Venezuela, Luisa Ortega, chega
ao Brasil (Foto: Reprodução/TV Globo)
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Luisa Ortega Díaz foi
destituída do cargo pela Assembleia Constituinte e foi convidada pela PGR para
participar de evento. Maduro anunciou que pedirá a prisão dela à Interpol.
A ex-procuradora-geral da
Venezuela Luisa Ortega Díaz, destituída
do cargo pela Assembleia Constituinte daquele país no dia 5 de agosto,
desembarcou em Brasília na madrugada desta quarta-feira (23).
Questionada pelo repórter Murilo
Salviano, da GloboNews, sobre a existência de alguma relação entre o esquema de
corrupção da Odebrecht com o governo de Nicolás Maduro, ela respondeu que
'sim', mas não deu mais detalhes.
Ortega Díaz veio à capital federal
para participar de um evento
promovido pela Procuradoria Geral da República.
Além de ter sido destituída do
cargo, Díaz também perdeu o direito de exercer qualquer cargo público, teve os
seus bens congelados e foi impedida de sair da Venezuela.
Ela, porém, fugiu do país com o
marido e, segundo o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, está sob
proteção do vizinho sul-americano.
No Brasil, a ex-procuradora da
Venezuela foi convidada para participar de um evento com representantes dos Ministérios
Públicos dos países do Mercosul - do qual participam Argentina, Brasil,
Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
O evento está marcado para asa 9h desta quarta.
Mais cedo, nesta quarta, o
presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou
que pedirá à Interpol a prisão da ex-procuradora.
Após ser destituída, a
ex-procuradora atribuiu a "perseguição
sistemática" do governo Maduro a ela e aos funcionários do
Ministério Público à investigação do escândalo de pagamento de propina da
construtora Odebrecht em vários países da região.
Seu marido, Germán Ferrer, um
deputado dissidente do chavismo, teve a prisão pedida por suspeita de integrar
uma rede supostamente envolvida na extorsão de suspeitos de corrupção.
"A Venezuela solicitará à
Interpol um código vermelho para essas pessoas envolvidas em crimes
graves", disse Maduro em uma coletiva de imprensa, referindo-se também ao
cônjuge da ex-procuradora.
Por G1, Brasília
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