Programa de
Pacificação passa por mudanças para melhorar
segurança do Rio
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Coronel Wolney Dias conversa
com Pezão para ter 50% dos homens cedidos a outros órgãos. Com mudança nas
UPPs, capital fluminense poderá ter mais 1.300 nas ruas.
Além da reformulação das Unidades
de Polícia Pacificadora (UPPs), que vai fazer permitir que cerca de três mil
policiais militares – a maioria em atividades administrativas – voltem às ruas,
o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, disse nesta quarta-feira (23),
em entrevista ao Bom Dia Rio, que já está em conversas com o governador Luiz
Fernando Pezão para que parte do efetivo de 2.049 homens cedidos a outros
órgãos retornem aos batalhões.
“É claro que esses homens estão
fazendo falta. Mas com as medidas que estamos adotando estamos mantendo o
projeto da UPP intacto, mesmo como quando hão podemos fazer contratação de mais
policiais. A PM tem uma perda média de cinco policiais por dia. Já estamos em
conversa com o governador Pezão para separar parte desse efetivo que está
cedido para voltar à corporação. A meta é trazer o maior número possível de
policiais. Se pudesse determinar, pediria mais mil homens”, disse o
comandante-geral.
Coronel Wolney disse ainda que dos
três mil homens que voltarão às ruas com a reformulação das UPPs, cerca de
1.300 – 200 a mais que inicialmente divulgado – deverão patrulhar as ruas da
capital. Segundo o comandante, 80% do efetivo vindo das UPPs será lotado em
unidades da Região Metropolitana. Com isso, os batalhões devem ganhar em torno
de 200 homens a mais em ações táticas.
“Estamos alocando esses homens de
acordo com a maior incidência criminal. Cerca de 80% ficaram em Rio, Baixada
Fluminense e Niterói e São Gonçalo. Talvez, tenhamos até 1.300 homens no Rio. A
população vai começar a ver mais polícia nas ruas. Precisamos diminuir os
índices de letalidade violenta, roubo e roubo de veículos. Cada comandante de
região vai ter um efetivo maior para essa demanda”, explicou o coronel.
Wolney Dias disse também entre as
medidas para garantir maior policiamento nas ruas, está a mudança na escala de
serviço das UPPs, que antes eram mais elásticas. Agora, todos vão trabalhar no
regime das demais unidades, em plantões de dois dias por 24 horas de descanso
ou dois dias por 48 horas de descanso. Ou seja, todos os policiais vão seguir a
escola oficial da corporação.
Em relação às críticas sobre a
atuação de aproximação com a população, o coronel disse que que todos os
policiais e não são os das UPPs devem praticar a polícia de proximidade, de
estar atuando junto com a população. Destacou que mudou recentemente a
formatação da Corregedoria e que todas as denúncias que chegam à PM são rigorosamente
investigadas e procura sempre colocar os policiais em programas de reciclagem e
treinamento.
Quanto ao ofício da Defensoria
Pública que pede explicações sobre as mortes recentes e situação de confronto
na Favela do Jacarezinho, no Jacaré, na Zona Norte, o coronel foi enfático.
“Não participamos diretamente de
ações no Jacarezinho desde 11 de agosto. Mas as operações vão continuar a
ocorrer, de acordo com a necessidade e em todas as áreas. Estamos fazendo um
esforço para colocar esses três mil homens nas ruas. Estamos fazendo mais com
muito menos. Faltam policiais nas ruas, de acordo com o clamor da população.
Por isso, estamos fazendo esse esforço, apesar de todas as adversidades”,
concluir o comandante-geral da Polícia Militar.
Por Bom Dia Rio
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