© AFP Presidente
Michel Temer durante cerimônia de posse
do novo ministro da cultura Sérgio Sá Leitão,
no Palácio
do Planalto,
em Brasília – 25/07/2017
|
O presidente Michel Temer (PMDB)fez um breve
pronunciamento após a Câmara dos
Deputados decidir pelo arquivamento
da denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Temer disse que o resultado “não é uma vitória pessoal” e o classificou como
uma “conquista do estado democrático de direito, da força das instituições e da
própria Constituição”. O relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pedia para o plenário enterrar a
acusação, foi aprovado por 263
votos contra 227. Dezenove parlamentares estiveram ausentes e dois se
abstiveram de votar.
“O poder da autoridade, tenho
repetido com muita frequência, emana da lei. Extrapolar o que a Constituição
determina é violar a democracia. Todos devem, vou dizer o óbvio, obedecer à lei
e à Constituição. São os princípios do direito que nos garantem a normalidade
das relações pessoais e institucionais. Hoje, esses princípios venceram com
votos acima da maioria absoluta na Câmara dos Deputados”, afirmou Temer.
O peemedebista afirmou que usará o
apoio manifestado na Câmara para seguir adiante com as reformas que pretende
aprovar. Embora tenha superado a contagem da oposição, o governo acreditava que
venceria a denúncia com pouco mais de 300 votos.
“É diante dessa eloquente decisão
que posso dizer que, agora, seguiremos em frente com as ações necessárias para
concluir o trabalho que meu governo começou, convenhamos, há pouco mais de um
ano”, afirmou Temer. “É urgente colocar o país nos trilhos do crescimento, da
geração de empregos, da modernização e da justiça social.”
O presidente aproveitou a ocasião
para propagandear feitos de seu governo e prometeu tocar “outras reformas
estruturantes” no segundo semestre. “O crescimento, que começou, virá. Aqueles
que tentam dividir os brasileiros erram. Isso eu digo sem medo de errar. Todos
nós somos brasileiros, filhos da mesma nação, detentores dos mesmos direitos e
deveres. O objetivo do meu governo é fazer um Brasil cada vez melhor.”
Temer, que deverá ser alvo de uma
segunda denúncia da PGR, afirmou querer “construir, com cada brasileiro e
brasileira, um país melhor, pacificado, justo, sem ódio ou rancor”. “Nosso
destino inexorável é ser um grande país, portante, é preciso acabar com os
muros que nos separam e nos tornam menores. É hora de atravessarmos juntos a
ponte que nos conduzirá ao grande futuro que o Brasil merece.”
VEJA.com
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