Papa
Francisco durante audiência geral semanal realizada
na Praça de São Pedro, no Vaticano
- 22/02/2017
(Max Rossi/Reuters)
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Segundo Francisco, ordenar homens
casados ajudaria a contornar a falta de sacerdotes na Igreja Católica
A Igreja Católica precisa estudar a possibilidade de ordenar
homens casados para ministrar a palavra de Deus, afirmou o papa Francisco a um jornal
alemão. Segundo o pontífice, essa seria uma solução viável para lidar com a
falta de clérigos, especialmente em comunidades remotas.
Em uma entrevista publicada na
noite de ontem pelo jornal alemão Die Zeit, Francisco reiterou que
a retirada da regra do celibato não é a resposta definitiva da Igreja para a
falta de padres. No entanto, expressou estar aberto para estudar a
possibilidade de que “viri probati” – homens casados de fé comprovada –
possam ser ordenados.
“Precisamos considerar se o viri
probati é uma possibilidade. Precisamos então determinar que tarefas
podem fazer, por exemplo, em comunidades remotas”, disse Francisco. A proposta
tem sido debatida há décadas, mas recebe atenção renovada por parte do
pontífice argentino, graças ao seu conhecimento dos desafios enfrentados pela
igreja em lugares como o Brasil, um enorme país católico com forte carência de
padres.
O cardeal brasileiro Cláudio
Hummes, um amigo de longa data de Francisco, tem publicamente defendido a ideia
dos viri probati em locais como a Amazônia, onde a igreja
conta com cerca de um padre para cada dez mil católicos. Por enquanto,
a Igreja Católica permite poucas exceções à regra do
celibato. Sacerdotes protestantes casados, por exemplo, podem continuar na
relação e seguir como padres católicos caso se convertam à religião, se tiverem
permissão das esposas.
(Com Estadão Conteúdo)
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