Maria Júlia
Matteotti foi encontrada morta em sua casa
em Búzios
(Foto: Reprodução/Facebook)
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Segundo a Polícia Civil, pertences
do homem tinham sangue da vítima. Homem trabalhava para empresa de vigilância
do condomínio.
Do G1 Região dos Lagos
Um vigilante está sendo apontado
pela Polícia Civil como o principal suspeito pela morte da médica Maria Júlia
Matteotti Cavalcanti M. de Oliveira, de 66 anos, encontrada com sinais de
violência no sábado (27) na casa que morava, em um condomínio de luxo em
Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
Segundo o delegado de polícia
Sergio Caldas, que está respondendo pela 127ª DP, o suspeito tem 31 anos e está
foragido. Sangue da vítima foi encontrado nos pertences dele.
O homem era empregado de uma
empresa de vigilância patrimonial contratada pelo condomínio. A polícia
informou que, durante as investigações, surgiram indícios de envolvimento do
crime do vigilante e, por causa disso, o Delegado de Polícia Rômulo Alves
representou pela expedição de mandado de busca e apreensão na casa do autor, o
que foi aceito pela Justiça.
"Os peritos da DHNSG
realizaram um minucioso trabalho, analisando as roupas, objetos e o veículo do
autor, onde foi constatada a presença de sangue da vítima", informou a
Polícia Civil. Ainda segundo as informações da 127ª DP, as investigações estão
concluídas.
A investigação mostrou que não
havia sinais de arrombamento e a casa de Maria Júlia estava toda arrumada. A
ginecologista teria sido morta na quinta-feira (25) e encontrada amarrada no
sábado.
O G1 questionou a Polícia Civil
sobre uma possível motivação do crime e como o homem foi identificado mas ainda
não recebeu resposta.
Cena do crime
O delegado Rômulo Prado descreveu
a cena onde o corpo foi encontrado. Segundo ele, tudo indica que houve luta corporal
e a médica tentou se defender.
"Aparentemente ela foi morta
no segundo andar, no quarto onde estava. O local está em desalinho. O colchão
afastado, algumas roupas pelo chão. A marca de arrasto em degraus do segundo
pavimento para o térreo, depois uma breve interrupção, uma poça mais embaixo, o
que dá a entender que quem a matou no segundo pavimento, por algum motivo, quis
tirar o corpo do local - talvez o corpo tenha ficado pesado ou incômodo demais
-, o segurou posteriormente, o jogou ou caiu e, em seguida, por algum motivo,
levou o corpo para um hall de entrada, um corredorzinho que se tem acesso logo
após a porta principal", descreveu o delegado.
"Ela deve, pelos ferimentos,
ter sido desacordada ou ficado próximo a isso depois de ter recebido um golpe,
possivelmente um soco. Isso pode ter provocado um desmaio, o que possibilitou o
amarrar da vítima da forma como foi encontrada. Por enquanto, o que se tem é
isso", finalizou.
O delegado disse ainda que a mata
próxima ao condomínio será explorada em busca de possíveis marcas de fuga do
autor do crime. Além disso, filmagens de câmeras de segurança do entorno do
local serão pedidas.
Enterro
Maria Júlia Matteotti foi
enterrada nesta quinta-feira (1º) no Cemitério São João Batista, em Botafogo,
Zona Sul do Rio de Janeiro. Amigos e familiares acompanharam o cortejo do corpo
da médica até o túmulo sob forte emoção e indignação por não saber o motivo de
sua morte violenta.
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