Americana se
destacou na internet após mostrar fotos de antes
e depois de recuperação de vício em drogas
(Foto: Reprodução)
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"Se você está aí lutando, por
favor, saiba que sempre pode seguir em frente e mudar." Assim termina o
testemunho de Kristy Ehrlich no site de compartilhamento de fotos Imgur.
Fotos marcantes de sua
transformação - de uma usuária de metanfetamina em uma mãe, estudante de
contabilidade e sóbria - foram vistas mais de 420 mil vezes.
Aos 31 anos de idade, a
californiana Ehrlich postou a galeria de fotos de sua recuperação para marcar o
aniversário de dez anos de sua sobriedade. Ela escreveu que, ao compartilhar as
imagens e sua história pessoal, ela estava deixando para trás o estereótipo de
"ex-viciada".
"Esta é a última vez que
celebro meu aniversário (de sobriedade)", escreveu.
"As pessoas dizem: 'Uma vez
viciado, sempre viciado', e eu incorporei aquilo", disse Ehrlich à BBC.
"Tenho meditado e explorado esse pensamento e (concluí que) discordo dele.
Não estou 'em recuperação'. Estou recuperada. Me tornei uma nova pessoa, muito
melhor, e nunca vou olhar para trás".
Mas suas perspectivas nem sempre
foram tão positivas. Ela tinha começado a usar metanfetamina, droga com mais de
20 milhões de usuários em todo o mundo, ainda na adolescência.
Ela namorava um homem mais velho,
que a apresentou à droga. Ela o descreve como "um homem muito mau".
Aos 21 anos, após sete de uso de
drogas, Ehrlich atingiu um ponto crítico.
'Essa sou
eu, dois anos antes de deixar o vício', disse ex-viciada
em
metanfetamina. 'Me tornei uma nova pessoa, muito melhor,
e nunca vou
olhar para trás' (Foto: Kristy Ehrlich)
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"Um dia eu acordei e,
chorando, chamei minha mãe. Disse que eu estava perdida e não sabia o que
fazer. Ela, sem rodeios, respondeu: 'Olhe no espelho, Kristy, e veja no que
você se transformou e saberá por que você está onde você está.' Eu olhei no
espelho naquela manhã e chorei. Eu estava magra. Feia. Infeliz. Eu não era
nada. Eu era apenas um desperdício de espaço".
Os anos seguintes de
desintoxicação, sem tratamento especializado, foram cheios de altos e baixos.
Com a ajuda de seu padrasto, Ehrlich se trancou em um quarto de um hotel por
uma semana. Esse foi o primeiro passo. O próximo foi adotar um animal de
estimação - Rockdog.
"Não havia nada melhor do que
o amor e a aceitação que eu recebi dele nos primeiros meses, quando estava
completamente sozinha", escreveu.
Ehrlich disse à BBC que, em
seguida, doou todos os seus pertences, "exceto uma pequena bolsa que
carregava nas minhas costas". Ela, Rockdog e um namorado decidiram viajar
pedindo carona pelos EUA.
"Fiquei quatro semanas sóbria
a partir do momento em que estiquei meu polegar e consegui minha primeira
carona. Foi incrível. Foi lindo. Foi assustador. Foi terrível. Foi
perfeito."
"Nós viajamos e conhecemos
pessoas que viviam na floresta, em arbustos de parques e nas ruas da cidade.
Foi glorioso. Foi real. Eu chorei muitas vezes e me apaixonei por mim
mesma."
Hoje ela é casada, tem uma filha
de 4 anos e está prestes a se formar em contabilidade.
Hoje Ehrlich é casada, tem uma
filha de 4 anos de idade e está a caminho de se formar em "É difícil para
contar aos amigos e familiares sobre seus problemas. Mas online você pode
procurar ajuda anonimamente. Fui levada para um grupo de reabilitação de drogas
no Facebook e passei meus conhecimentos lá. Um monte de gente está sofrendo no
mundo, as drogas estão em toda parte, em cada cidade. Há muito julgamento no
mundo real, às vezes ajuda encontrar uma alma internet para colocar para fora o
que você tem no seu coração".
E quais são as principais dicas de
Ehrlich para a sobriedade?
"Vá embora. Deixar a cidade
onde está. Se você não pode sair, então pare de ir aos mesmos lugares de
sempre. Pare de encontrar as mesmas pessoas que você sempre encontra. Se eles
são seus amigos de verdade, estarão lá em um ano ou quando você for capaz de
estar perto deles. Encontre algo para fazer com as mãos. Eu realmente quero que
as pessoas saibam que elas conseguem fazer isso sem ajuda. Eu não tive muita
ajuda. Eu consegui (ficar sóbia) porque acreditei em mim mesma, em um momento
na minha vida em que ninguém acreditava."
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