Rodrigo
Duterte mostra o dedo médio em discurso contra
a União Europeia (Foto: Lean Daval Jr./Reuters)
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Presidente filipino diz que quer
matar 3 milhões de dependentes químicos. Na opinião do chefe de estado, eles
são 'criminosos'.
O presidente das Filipinas,
Rodrigo Duterte, comparou-se nesta sexta-feira (30) a Adolf Hitler ao afirmar
que gostaria de massacrar milhões de drogados no país, para onde retornou esta
madrugada após uma viagem oficial de dois dias ao Vietnã.
"Hitler massacrou 3 milhões
de judeus. Agora há aqui 3 milhões de viciados em drogas. Eu gostaria de
massacrá-los todos", disse Duterte em Davao, segundo uma transcrição
divulgada pela presidência das Filipinas. Historiadores calculam que cerca de 6
milhões de judeus foram mortos no Holocausto.
Duterte acrescentou que, enquanto
as vítimas de Hitler eram todas pessoas inocentes, os seus alvos são
"todos criminosos" e se livrar deles iria "acabar com o problema
[das drogas] no meu país e salvar a próxima geração da perdição."
Ele também voltou a atacar os
Estados Unidos e a União Europeia pelas críticas a sua violenta campanha contra
as drogas, que, segundo números oficiais, já deixou mais de 3.500 mortos desde
o dia 30 de junho, quando tomou posse do cargo.
"Estados Unidos e União
Europeia, podem me chamar do que quiserem, mas eu nunca gostei da hipocrisia,
como vocês gostam", disse o presidente filipino, referindo-se à crise dos
refugiados. "Vocês fecham suas portas, é inverno e eles são imigrantes
escapando do Oriente Médio. Permitem que apodreçam, mas estão preocupados com a
morte de mil, duas mil ou três mil pessoas?", questionou.
Duterte ganhou com folga a eleição
presidencial com a promessa de acabar com as drogas e a criminalidade
relacionada a elas nos seus primeiros seis meses de mandato. Desde então tem
estimulado a polícia e os próprios cidadãos a matar traficantes e consumidores
de drogas.
Da Deutsche Welle
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