Cerimônia de
abertura da Paralimpíada vai quebrar preconceitos,
dizem organizadores (Foto: Cristina
Boeckel/G1)
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Diretor do espetáculo, Flávio
Machado, quer desmontar ideias estabelecidas. 'Trabalhamos em conceito que é desmontar preconceito com a deficiência'.
Os organizadores das cerimônias de
abertura e encerramento da Paralimpíada do Rio de Janeiro prometem surpreender
os espectadores e afirmam que não deixarão nada a dever aos espetáculos da
Olimpíada. A primeira festa acontece no dia 7 de setembro, às 18h15, no Estádio
do Maracanã, na Zona Norte do Rio.
"Minha preocupação era
oferecer o mesmo nível das cerimônias olímpicas. E isso começa na escolha dos
diretores. A gente também herda equipes das cerimônias olímpicas. Trabalhamos
em um conceito forte que é desmontar o preconceito com a deficiência",
explicou Flávio Machado, diretor executivo do espetáculo.
Prometendo uma cerimônia humana e
multissensorial, Fred Gelli, um dos diretores criativos do evento, explica que
eles vão tentar emocionar o público que vai assistir ao evento.
"O mundo paralímpico é
inspirador e desmonta ideias estabelecidas. Tentamos trazer a potência da
inspiração que essas pessoas proporcionaram. A cerimônia tenta passar a energia
que essas pessoas têm", destacou Gelli.
O escritor Marcelo Rubens Paiva,
também diretor criativo do evento, começou a se encantar com a causa
paralímpica em Atenas. Ele considera a abertura como um meio de falar com todos
os deficientes e quem é envolvido com esta causa.
"A cerimônia paralímpica é
uma bandeira da total demonstração de respeito pelo outro. Eu gosto mais das
cerimônias paralímpicas do que as olímpicas. Nas olímpicas você está focado na
história e nos ícones do país, mas podemos focar na humanidade", explicou
Rubens Paiva.
O escritor adiantou ainda que o
início merece a atenção especial e um segmento falará sobre as praias do Rio.
Além de Marcelo Rubens Paiva e Fred Gelli, o artista plástico Vik Muniz também
faz parte da direção criativa do evento.
Flávio Machado adiantou ainda que
o evento contará com uma roda de samba com Diogo Nogueira, Pretinho da
Serrinha, Monarco, Xande de Pilares e Gabrielzinho do Iraja, que é deficiente
visual.
O evento contará com a
participação de 2 mil voluntários, 78 bailarinos profissionais, duas companhias
de dança inclusiva e outros 500 profissionais diretos.
A medalhista olímpica Amy Purdy
também terá um papel importante na cerimônia de abertura. Biamputada aos 19
anos após enfrentar uma meningite bacteriana, ela é snorboarder e medalhista
paralímpica. Foi definida por Marcelo Rubens Paiva como a "nossa Gisele
Paralímpica".
"Eu terei uma participação
especial no evento, que será longa e desafiadora para os meus limites. A minha
mensagem é a integração entre o homem e a tecnologia e como podem trabalhar
juntos", contou Amy.
Do G1 Rio
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