Houve um
crescimento assustador de 38,3 % nos crimes de roubo de rua,
no acumulado entre janeiro a julho deste ano.
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Os autos de resistência, quando
o indivíduo morrem em confronto com a polícia, foram 74
Os casos de homicídio doloso,
letalidade violenta e homicídio em decorrência de intervenção policial tiveram
aumento no Rio, segundo dados do mês de julho, divulgados nesta segunda-feira
pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Em todo o estado, 368 pessoas foram
vítimas de homicídio doloso — quando há intenção de matar. Se comparado com o
mesmo mês do ano passado, houve um aumento de 20,3%.
No acumulado entre janeiro e
julho, os números indicam crescimento de 17,7% no mesmo período de 2015. Foram
427 vítimas a mais, totalizando 2.838 homicídios dolosos só nos sete primeiros
meses de 2016. Houve ainda um aumento de 23,3% da letalidade violenta
(homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, homicídio
decorrente de oposição à intervenção policial) na comparação com julho de 2015.
Também houve um crescimento
assustador de 38,3 % nos crimes de roubo de rua, no acumulado entre janeiro a
julho deste ano. Estre os crimes também estão roubos a transeuntes, roubos de
aparelhos celular e roubos em coletivos.
No mês de julho, foram
contabilizados 10.701 casos de roubo de rua em todo o estado, ou seja, um
aumento de 4.291 roubos em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que
representa 67% a mais. As regiões que registraram mais casos são Nova Iguaçu,
Mesquita, Nilópolis, São Gonçalo e Duque de Caxias.
O total de roubos nos sete
primeiros meses do ano é o maior se comparado com o mesmo período desde 2001.
“Isso mostra que a falta de investimentos, como o número do efetivo da polícia,
pode resultar neste crescimento. A Baixada Fluminense é a que mais sofre”,
comentou o fundador do Bope, Paulo Amêndola.
O aumento da criminalidade
acontece no mesmo mês em que a produtividade policial caiu. Em julho, houve uma
queda de 32% na apreensão de adolescente infrator. Foram menos 271 apreendidos
em comparação ao mesmo mês de 2015.
As apreensões de drogas e armas
também registram queda. Foram 12,7% a menos no primeiro caso, e menos 4,2% no
segundo. Já o roubo de veículos saltou de 2.425 em julho do ano passado para
3.105 no mesmo mês deste ano.
Baixada na triste liderança
As áreas integradas de segurança
pública (Aisp) que apresentaram o maior número de vítimas de homicídios dolosos
no estado foram a 20 (Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis), a 24 (Seropédica,
Itaguaí, Paracambi, Queimados e Japeri) e a 15 (Duque de Caxias), somando
respectivamente 45, 31 e 30 vítimas, o equivalente a 28,8% do valor total do
estado. As AISP 23 (Rocinha, Ipanema, Leblon, Gávea, Jardim Botânico, Lagoa,
São Conrado e Vidigal) e 26 (Petrópolis) não registraram nenhuma morte.
“O problema é o mesmo de sempre:
não colocam mais recursos onde há mais demanda, e isso acaba refletindo nesses
dados. O número de candidatos assassinados na Baixada neste ano mostra bem esse
aumento da violência”, lembrou o ex-secretário Nacional de Segurança, José
Vicente Filho.
Paraty é líder em morte por
tiros no Brasil
Com 60,9 homicídios a cada 100 mil
habitantes, Paraty é a primeira cidade do estado listada e a 48ª do Brasil no
‘Mapa da Violência do Brasil 2016’. O levantamento, coordenado pelo sociólogo
Julio Jacobo, da Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais, avalia a taxa
de homicídios em 3.084 municípios com mais de 10 mil habitantes usando dados de
2012 a 2014.
Mais duas cidades do estado
aparecem na lista das 150 com maiores taxas de homicídios por armas de fogo do
país: Cabo Frio (59 homicídios/100 mil hab), em 55º no ranking nacional, e
Mangaratiba (48,5 homicídios/100 mil hab), o 111º município no país. “Acontece
a migração dos criminosos para cidades onde não há UPPs”, avalia Paulo
Amêndola, apontando a falta de uma Delegacia de Homicídios na Região dos Lagos.
Com colaboração do repórter
Gustavo Ribeiro
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