Mais três investidores entraram
com processo contra a Petrobras na Corte de Nova York nesta semana. Com isso, a
petroleira já é alvo de 28 ações individuais abertas nos Estados Unidos por
causa da Operação Lava Jato, além de uma ação coletiva.
Dois fundos entraram com ação
individual nesta quarta-feira. Um deles foi o Manning & Napier, com sede no
Estado de Nova York e 37 bilhões de dólares de ativos sob gestão. O outro foi a
gestora State Street Cayman Trust Company, com sede nas Ilhas Cayman. No dia
28, quem entrou com ação foi o fundo Janus Overseas Fund, da gestora Janus
Capital, que tem sede no Estado do Colorado e administra cerca de 190 bilhões
de dólares.
Os investidores alegam que a
Petrobras burlou as regras do mercado acionário dos Estados Unidos ao não
divulgar corretamente as perdas com o esquema de corrupção na empresa,
investigado pela Lava Jato. Com o avanço das investigações, os preços dos
papéis despencaram, provocando prejuízo para os investidores. A Petrobras tem
papéis listados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês).
A quantidade de ações individuais
contra a Petrobras surpreendeu o próprio juiz que cuida do caso, Jed Rakoff, de
acordo com um comentário dele em um documento da Corte. Além dos processos
individuais, há uma ação coletiva, que representa todos os demais investidores.
Rakoff resolveu fazer um mesmo
julgamento para as ações coletivas e as individuais. Por isso, ele estabeleceu
o prazo até 31 de dezembro para que as ações que entrarem na Justiça dos
Estados Unidos façam parte do julgamento, marcado para começar dia 19 de
setembro. Os processos que entrarem a partir de janeiro vão ficar em espera,
sendo avaliados apenas depois do julgamento.
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