Um caça
militar português é fotografado ao lado de um
canadense,
durante uma missão de policiamento da OTAN,
dentro do espaço aéreo da Lituânia(Mindaugas
Kulbis/AP)
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Os EUA confirmaram em junho seus
planos de desdobrar temporariamente tanques, veículos blindados e artilharia em
Bulgária, Polônia, Romênia, Estônia, Letônia e Lituânia
O rearmamento da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan) nos países do leste da Europa e no Báltico,
na fronteira com a Rússia, está tomando forma de "preparativos militares
contra Moscou", advertiu o embaixador russo na Aliança, Aleksandr Grushko,
em entrevista publicada nesta segunda-feira pela agência Interfax.
"A Otan voltou à política de contenção da Rússia, aos instrumentos de
confronto para garantir sua segurança. Tudo isto toma a forma de preparativos
militares concretos em torno das fronteiras da Rússia e investir nesta
tendência será complicado inclusive se houver vontade política", lamentou
Grushko.
A Aliança Atlântica, ressaltou o
diplomata russo, voltou a pôr "a armadura da Guerra Fria e não tem
intenção de tirá-la". "O que se tenta é levantar uma nova Cortina de
Ferro na Europa, forçar os europeus esquemas de segurança da época do
confronto, e de quebra demonstrar que a Aliança é capaz de defender seus
interesses", recalcou Grushko.
Os Estados Unidos confirmaram em
junho seus planos de desdobrar temporariamente tanques, veículos blindados e
artilharia em Bulgária, Polônia, Romênia, Estônia, Letônia e Lituânia. As
relações entre Rússia e a Otan se deterioraram nos últimos anos e chegaram a um
nível sem precedentes desde a desintegração da União Soviética, primeiro pelos
planos dos EUA de desdobrar um escudo antimísseis no leste da Europa e depois
pela crise da Ucrânia.
A Aliança Atlântica reforçou
notavelmente sua presença militar desde a anexação russa da Crimeia e a
sublevação pró-russa no leste da Ucrânia. A Otan também inaugurou seis novos
quartéis-gerais no leste da Europa, o que o secretário-geral da organização,
Jens Stoltenberg, qualificou como o maior plano de rearmamento da Otan desde a
Guerra Fria. Esses quartéis, que funcionarão como centros de planejamento e
coordenação para missões de treinamento das forças de resposta rápida, foram
abertos em Estônia, Letônia, Lituânia, Bulgária, Romênia e Polônia, os países
mais preocupados com a ingerência russa na Ucrânia.
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