O
ex-ministro da Educação e ex-governador do
Ceará Cid
Gomes(Sérgio Lima/Folhapress)
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Conhecido por suas declarações
controversas, o ex-ministro da Educação Cid Gomes, que estava afastado dos
holofotes desde que foi destituído do cargo, voltou a polemizar ao sugerir que
a presidente Dilma Rousseff deveria se desfiliar do PT para reverter os seus
baixos índices de popularidade. "Como é que poderia neutralizar esse
antagonismo? Se ela se desfiliar do PT e assumir compromisso público de não
participar de campanha à sua sucessão, deixar que as coisas aconteçam no meio
da política, poderia desarmar um pouco o PSDB e a sua posição mais radical,
golpista", disse o ex-governador do Ceará em entrevista ao jornal Diário
do Nordeste, publicada nesta terça-feira. Antes aliado de primeira hora da
presidente, o ex-ministro afirmou que, apesar de considerá-la uma "pessoa
séria" e "bem intencionada", Dilma chegou "no fundo do
poço" e "escapou por um triz de ser afastada do governo, com o
impeachment consagrado". "Se eu tivesse lá e chegasse no fundo do
poço, iria procurar recompor minha biografia. Tudo o que um político sério
deseja é a sua memória", disse. Em março de 2015, Cid foi demitido do
ministério, que comandou por apenas 3 meses, após comprar briga com o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Convocado a se explicar na Casa
pela frase de que haviam de "300 a 400 [deputados] achacadores", ele
subiu na tribuna, reafirmou a declaração e, apontando para Eduardo Cunha,
disparou: "Eu fui acusado de ser mal educado. O ministro da Educação é mal
educado. Eu prefiro ser acusado por ele do que ser como ele, acusado de
achaque".
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