O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (7), um novo aumento da taxa Selic, elevando-a em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano. Esse é o maior patamar da taxa básica de juros da economia brasileira em quase 20 anos, igualando os níveis vistos pela última vez em julho de 2006.
Sexta alta
consecutiva dos juros
A nova elevação
representa a sexta reunião seguida de aperto monetário. No encontro anterior,
realizado em março, o Copom foi mais agressivo ao aumentar a taxa em 1 ponto
percentual. Desta vez, optou por um ajuste menor, alinhado às expectativas do
mercado.
Segundo
analistas, a decisão foi influenciada pela instabilidade no cenário externo,
que levou a autoridade monetária a adotar uma abordagem mais cautelosa. Na
última ata do Copom, já havia um indicativo de que a alta desta vez seria menos
expressiva, com especialistas apostando no aumento de 0,5 ponto percentual, e
não de 0,75.
Inflação e
previsões para os próximos meses
O Boletim Focus,
publicação do Banco Central que reúne projeções do mercado, indica que a
inflação deverá fechar o ano em 5,53%, acima do teto da meta de 4,5%. Esse
cenário mantém a pressão sobre o BC para continuar com sua política de juros
elevados.
CONTINUE LENDO
APÓS O ANÚNCIO
Em paralelo, a
economia global mostra sinais de desaceleração, acompanhados pela
desvalorização do dólar, o que pode aliviar a inflação brasileira. No entanto,
há divisão entre analistas: enquanto alguns acreditam que o Copom manterá o
ciclo de alta em junho, outros apostam em uma possível interrupção do aperto
monetário.
Caminho incerto
até dezembro
O mercado
financeiro projeta que a Selic terminará 2025 no mesmo patamar atual, de 14,75%
ao ano. No entanto, os próximos passos do Banco Central ainda são incertos, e
as decisões futuras dependerão da evolução do cenário econômico interno e
externo.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!