Israel proibiu homens de menos
de 50 anos de ter acesso à Esplanada das Mesquitas nesta sexta. Três palestinos
morreram nos confrontos, de acordo com a France Presse, citando fontes
palestinas.
Palestinos entraram em confronto
com policiais israelenses após a restrição no acesso à Cidade Velha de
Jerusalém. Homens de origem palestina com menos de 50 anos tiveram barrada a
entrada na Esplanada das Mesquitas, impedindo que eles participassem da oração
muçulmana desta sexta-feira (21).
A restrição provocou revolta entre
os palestinos. Os confrontos deixaram três palestinos mortos, de acordo com a
France Presse, citando fontes palestinas.
A polícia divulgou um comunicado
afirmando que a “entrada na Cidade Velha e ao Monte do Templo (Esplanada das
Mesquitas para os muçulmanos) ficou limitada aos homens de 50 anos, ou mais, e
às mulheres de qualquer idade", segundo a France Presse.
A segurança foi reforçada e cerca
de 3 mil soldados foram mobilizados para fazer a segurança na região. Vários
pontos de controle foram montados para evitar grandes mobilizações.
Impedidos de entrar na Cidade
Velha, os palestinos começaram a protestar nas ruas próximas e jogar pedras
contra soldados israelenses. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para
dispersá-los, segundo a Associated Press.
O conjunto Nobre Santuário - Monte
do Templo (como é chamado pelos israelenses) é o terceiro local mais sagrado
para o islã depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.
Esta área, onde estão o Domo de
Rocha e a mesquita Al-Aqsa, é fonte de conflitos religiosos entre israelenses e
palestinos. Desde que Israel anexou a Cidade Velha, incluindo essa região, na
guerra do Oriente Médio em 1967, o local também se tornou um símbolo do
nacionalismo palestino. Atualmente, a Jordânia é a responsável pela
administração da Esplanada das Mesquitas.
Medidas pós-ataque
A nova restrição, adotada em um
momento de grande tensão, é mais uma reação do estado de Israel após o ataque que deixou dois policiais israelenses
e três palestinos suspeitos mortos na sexta-feira (14). Logo após o
ataque, o acesso à Cidade Velha ficou fechado e foi reaberto no sábado (15)
após a instalação de detectores de metal. A medida provocou revolta entre os
palestinos, mas a polícia afirma que os detectores de metal são necessários
para evitar novos ataques.
O grande mufti de Jerusalém
(jurista muçulmano cujas decisões podem ter valor de lei) e outras autoridades islâmicas
fizeram um apelo para que a comunidade se negue a acatar as ordens de segurança
e passar pelos detectores.
Desde sábado, os fiéis palestinos rezaram do lado de fora da cidade murada em protesto contra as
restrições de acesso.
A Jordânia, responsável pela
administração da Mesquita de Al Aqsa, fez sucessivos apelos para que Israel
remova os detectores de metal. Israel e a Jordânia cooperam em questões de
segurança, mas as discordâncias entre os dois países são frequentes.
Na quinta-feira, houve pedidos
para que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuasse e
removesse os detectores de metal para não inflamar a situação. O presidente
turco, Tayyip Erdogan, depois de discutir o assunto com o presidente palestino,
Mahmoud Abbas, convocou o presidente israelense, Reuven Rivlin, para pressionar
pela remoção.
Por G1
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